Eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?
Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres.
Quantas vezes se viu em Roma a enforcar o ladrão por ter roubado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo, um cônsul, ou ditador por ter roubado uma província?
a necessidade de ser visto é das mais universais
a invisibilidade é das coisas piores que há, logo a seguir a estar quase a morrer e ser benfiquista
compreendo que sozinhos somos nada. as redes sociais explicam-se assim.
é a missa de domingo dos tempos modernos. veste-se a melhor roupinha e lá vamos nós à procura dos likes
só não quero compreender os que dizem escrever pela necessidade de escrever
e pulam de rede em rede consoante o vento que sopra. fiquei a pensar porque razão esta pose me desagrada mais que outras
o freud explicará
o sexo como forma de expressão plástica e artística
as escolhas dos resultados do google, que nunca são por acaso, deixam-me sempre a pensar
Cada um tira a sua satisfação como entender. A fazer coisas ou a usar o que foi feito.
Como dizia a minha mãe, tenho formigas no rabo e não sei estar quieto. Dormir é um desperdicio de vida que podia muito bem ser usado para fazer coisas. Tento que sejam úteis, mesmo tendo alguma dificuldade em concretizar o conceito de utilidade.
Desconfio que também nisto sou maioritariamente minoritário. A sensação que tenho é que é que o normal é que os tempos livres sejam gastos mais a ver, ler ou ouvir do que a tocar, escrever ou pintar. Somos mais voyeurs que participantes activos.
Esse voyeurismo entranha-se na personalidade e explica a casa dos segredos, o correio da manhã e as redes sociais.
Nada disto é por acaso. É necessário para o admirável mundo novo.