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A verdade da mentira

Estou habituado a ouvir mentiras, dizer a verdade nunca ganhou eleições.

Mentira é considerar uma grande vitória emprestarem-nos meia dúzia de tostões, que não dão para pagar nenhuma das medidas que estão a ser tomadas, como o pagamento do lay-off, etc.
Essa “ajuda” vamos ter (nós) que a pagar mais tarde e com juros.

É uma mentira parecida com o dizer que os bancos quando nos emprestam dinheiro, o estão a fazer para nos ajudar e não para ganhar dinheiro.

Mas o que me irrita um pouco é mentirem com argumentos que só se podem dizer a quem se considere totalmente estúpido.
E daí não suportar a parva da directora geral da “saúde”.

É óbvio que não recomendam o uso generalizado de máscara porque não há que cheguem.

Vai daí, ela dá como argumento para não se usar máscaras o perigo que pode ser o seu uso incorrecto. Não sei como é que não se proíbem os carros e todo o tipo de utensilios eléctricos. Porque se se mal utilizados também são perigosos.

Não reutilizar máscaras e não lhe tocar com a mão. O argumento dela implica que os portugueses são tão burros que não conseguem executar estas duas coisas.

E continua. Se mal utilizadas contribuem para uma falsa sensação de segurança. Por esta ordem de ideias há que proibir os cintos de segurança. Se estiver mal colocado também contribui para uma falsa sensação de segurança.

É por isto que vejo poucas ‘notícias’, só o essencial para saber o que se passa. Não gosto de quem me ofende.

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Carta dum contratado

Eu queria escrever-te uma carta
Amor,
Uma carta que dissesse
Deste anseio
De te ver
Deste receio
De te perder
Deste mais que bem querer que sinto
Deste mal indefinido que me persegue
Desta saudade a que vivo todo entregue…

Eu queria escrever-te uma carta
Amor,
Uma carta de confidências íntimas,
Uma carta de lembranças de ti,
De ti
Dos teus lábios vermelhos como tacula
Dos teus cabelos negros como diloa
Dos teus olhos doces como macongue
Dos teus seios duros como maboque
Do teu andar de onça
E dos teus carinhos
Que maiores não encontrei por ai…

Eu queria escrever-te uma carta…

Mas, ah, meu amor, eu não sei compreender
Por que é, por que é, por que é, meu bem
Que tu não sabes ler
E eu – Oh! Desespero! – não sei escrever também!

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