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de tanto morrer, acho que estou condenado a viver

Há uma palavra que persigo
foi-se por lá desterrada e morta
viúva e fria como os sargaços
que longe daqui dão à costa
todos os setembros pela manhã
como a folha pesarosa de ser outuno
e da brisa mole de entardecer.
Somos uma breve aragem na história do universo.
Para o planeta Terra é uma comichão que passa. E o Universo, esse nem sabe que existimos.
O planeta onde vivemos é recente, mas se a vida do planeta fosse um ano, o Homem representava um minuto.
Ter a mania que vamos “salvar” o planeta, é dum pretensiosismo sem tamanho.
O que andamos a tentar fazer é adiar algum tempo a extinção da espécie, antes de desaparecermos da superfície da Terra. Essa vai continuar, e outros ‘homens’ aparecerão e desaparecerão depois de nós.
Perante a força da natureza, somos nada com os nossos canhões e fraco poder.
Provavelmente já toda a gente viu isto há décadas.
Como sou atrasadinho das carochas só me arrepiei hoje 🙂
Isto é à vontade, mas não é à vontadinha.
Ficou-me.