Pequena crónica pós-almoço
No regresso de almoço, resolvi virar onde nunca viro. Faço isso quando tenho tempo.
E dei com um miradouro e anfiteatro que não vem em nenhum roteiro da cidade de Lisboa.

Nisto vejo um pedaço de mato a arder, e a crescer muito rapidamente.
Ligo para o 112, preocupado. Que aquilo fica a 50 metros de casas, tanto dum lado como de outro.

Há alturas em que cada segundo parece uma eternidade.
Não sei quanto tempo tocou, mas foi mais do que devia.
O 112 não deve tocar e muito menos um minuto ou dez, ou seja o que for.
Cumprido o dever cívico, fui cumprir o dever jornalístico. Fazer estas fotos e videos.
O melhor disto tudo? O povo, e o gosto de falar.
É fogo posto, já se sabia claramente. Mais engraçado ainda, é ter sido eu a deitar fogo ao mato.
Que me tinham visto ali à volta a tirar fotos antes do fogo começar.
Se me forem ver à prisão gosto de petiscar queijo e vinho branco bem fresco.




