Isto com a garganta inflamada, o tinto arranha, a aguardente arranha. Não há condições!
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resolução para o ano novo: afogar-me num litro de água
quem diz água diz outra coisa qualquer: cidra, benzina, acetona, óleo de amêndoas doces, ácido sulfúrico, Chanel nº5, uma coisa assim
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como não escrevo nada há muito tempo vou fazer um poema: berloque
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quando me calo, é quando mais preciso de falar
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A caminho do trabalho resolvi que não resolvo mais nada.
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Estava aqui a ver um programa antigo e ouvi uma coisa gira. Nas escolas aprende-se tanta coisa, português, matemática, desenho, etc, etc. Aprende-se a lidar com ácidos, pedras e bichos. Mas não se aprende a lidar com pessoas.
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Os dias quando acabam vão para onde?
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Tudo se repete. Ou seja, nada se repete.
Tinha uma argumentação e uma lógica para ir duma coisa outra, mas resolvi pôr a versão curta e gastar as restantes letras a dizer que escrevi pouco, escrevendo muito.
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Recordações de quando jantava na adega dos passarinhos sentado em sacos de batatas.
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Que hoje ao acordar houvesse um aviso à porta:
O mundo está fechado para obras. Está a pintar. Volte mais tarde.
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Nunca é tarde. Mas às vezes dá jeito pensar que é.