Os meus duches são sempre infinitos e a ferver.
O infinito tem uma explicação. É a recusa inconsciente de ir enfrentar aquele mundo frio lá fora. Aqui está-se bem, no quentinho.
O quente pode ser o desejo, também inconsciente, do inferno. Afinal, as coisas boas passam-se lá, não é? O que me preocupa é acabar cozido. Penso no que acontece quando quero descongelar carne à pressão e a meto debaixo de água quente. Fica branca e esquisita. Será que vou acabar com o coração branco e esquisito?
em Janeiro deste ano achei razoável fazer um post que se resumia a isto
'Uma grávida, uma vespa e uma que foge.'
A partir daqui só tenho que achar natural, aconteça o que acontecer.
Mas há esperança. Se fosse hoje a minha máquina de costura interior apagaria esse post, passado algum tempo.
Agora já não posso apagar. Passou o prazo.
Vi num filme qualquer um gajo divagar sobre o prazo das condolências.
Encontras uma pessoa 3 dias depois de lhe morrer o pai. E claro, dás-lhes as condolências.
Agora imagina passado 4 anos. 'É pá, sei que o teu pai morreu em 2008. As minha condolências!'
Pois é. Existe um prazo.
A dificuldade é saber qual é. Se tudo fosse como os iogurtes.
só tenho a dizer
jejejejejejejeje . é muito engraçado.