Hoje desejo.
Desejo como desejava 12 anos atrás.
/desejo/
Desejo como sempre desejei em todas as idades.
A diferença é que agora tenho mais presente
o desejo de chegar a velho
e ter dentes.
Hoje desejo.
Desejo como desejava 12 anos atrás.
/desejo/
Desejo como sempre desejei em todas as idades.
A diferença é que agora tenho mais presente
o desejo de chegar a velho
e ter dentes.
E não é pra qualquer um!
toda a gente deseja, nem que seja em surdina à noite
E à noite, é o mais profundo e sincero desejo.
É a hora de ficarmos connosco sem distracções
ou é a hora de desejar. e ser desejado.
Por algumas horas esteve aqui, a seguir a este, um post sobre o karma, mas não tive tempo de escrever o que pensei quando li e que é idêntico ao que me vem à cabeça quando essa palavra é aplicada.
Vou dizer agora.
Muitas vezes o sentido assemelha-se a destino ou a fatalidade relativamente a situações, circunstâncias, etc. sobre as quais se pode ter algum controle, mas quer-se fazer crer que não, que pelo contrário são inevitabilidades.
Portanto, neste sentido funciona como desculpa de mau pagador, para justificar inércia. O ficar agarrado ao karma, lei, predeterminação, destino… para não dar passos para tentar mudar o que não nos assenta bem.
É por isso que raramente utilizo essas palavras que têm que ver com karmas, destinos, etc.. Porque entendo que é bom que nos mova esse sentido de procurar estar conforme com o que se quer e o que faz sentir bem ou o mais próximo possível, o que necessariamente implica mudanças em certas alturas, correr riscos, mesmo que sejamos muito estáveis. Tentar vejo como uma ‘obrigação’; não significa que se consiga.
O mais normal é que haja uma linha de continuidade nas coisas que nos interessam ao longo da vida, mas vamos olhando-as de forma diferente e atribuindo-lhes importância também diferenciada e por isso queremos retirar delas também algo de diferente. E como há uma transversalidade expressiva nesta ‘lei’, que é uma espécie de ‘toca a todos’ mas muitas vezes em timings diferentes, as mudanças são ainda mais difíceis.
(É engraçado olhar ali para o assunto deste post, que não é o que estou a comentar, e achar que este parágrafo está ligado ;))
Por outro lado, a actual vivência em sociedade valoriza, e até ‘premeia’, as mudanças que têm que ver com a nossa esfera mais pública (trabalho, negócios, por exemplo) e ‘penaliza’ os que efectuam mudanças de monta na esfera privada.
Deseja-se e desdeseja-se 🙂