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Desejo

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Palavra viva.
Quando morre o desejo, morremos também no que temos de melhor e de mais admirável.

Desejo-te.

Quem não se arrepia quando lhe dizem isto?

Ter desejos. Querer.

Que posso querer de melhor para ti e para mim, do que acordar todos os dias em manhãs plenas de desejos por coisas novas e frescas?

Quando ao acordar já não se deseja, vive-se para quê? Por inércia?
Como dizia o Sartre “Todo o existente nasce sem razão, prolonga-se por fraqueza e morre por encontro imprevisto”.

Não quero acreditar nisto, quero acreditar que vivo pelos momentos mágicos, pelas pessoas que nos deslumbram,
pela maravilha que há em nós se podermos e quisermos.

Quer. Deseja.

5 comments

  1. Descobri este blog há uns tempos a desde aí tenho vindo constantemente visitá-lo…adoro!!!
    está lindo!!parabens!

  2. Graças ao Eugénio Andrade (grande poeta portugues), descobri este blog.

    Belo presente!!!

    Desejo…
    fonte inesgotável do existir!

    Josilda Lima.

  3. Do Que Quero…

    “Do que quero renego, se o querê-lo

    Me pesa na vontade. Nada que haja

    Vale que lhe concedamos

    Uma atenção que doa.

    Meu balde exponho à chuva, por ter água.

    Minha vontade, assim, ao mundo exponho,

    Recebo o que me é dado,

    E o que falta não quero.

    O que me é dado quero

    Depois de dado, grato.

    Nem quero mais que o dado

    Ou que o tido desejo.”

    (Ricardo Reis)

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