Palavra viva.
Quando morre o desejo, morremos também no que temos de melhor e de mais admirável.
Desejo-te.
Quem não se arrepia quando lhe dizem isto?
Ter desejos. Querer.
Que posso querer de melhor para ti e para mim, do que acordar todos os dias em manhãs plenas de desejos por coisas novas e frescas?
Quando ao acordar já não se deseja, vive-se para quê? Por inércia?
Como dizia o Sartre “Todo o existente nasce sem razão, prolonga-se por fraqueza e morre por encontro imprevisto”.
Não quero acreditar nisto, quero acreditar que vivo pelos momentos mágicos, pelas pessoas que nos deslumbram,
pela maravilha que há em nós se podermos e quisermos.
Quer. Deseja.
Descobri este blog há uns tempos a desde aí tenho vindo constantemente visitá-lo…adoro!!!
está lindo!!parabens!
Graças ao Eugénio Andrade (grande poeta portugues), descobri este blog.
Belo presente!!!
Desejo…
fonte inesgotável do existir!
Josilda Lima.
Do Que Quero…
“Do que quero renego, se o querê-lo
Me pesa na vontade. Nada que haja
Vale que lhe concedamos
Uma atenção que doa.
Meu balde exponho à chuva, por ter água.
Minha vontade, assim, ao mundo exponho,
Recebo o que me é dado,
E o que falta não quero.
O que me é dado quero
Depois de dado, grato.
Nem quero mais que o dado
Ou que o tido desejo.”
(Ricardo Reis)