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Dessa história do ‘partilhar’

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Na sexta feira passei por um grupinho um bocado enfastiado à espera da policia para lhes desbloquear o carro.
Sei que não é politicamente correcto, e que fica mal rir-me, mas senti uma satisfação interior, tipo: uff, não sou eu.

Pouco depois tomei uma decisão. O meu próximo carro vai ser roxo. Procurar um carro cinza prata num parque de estacionamento é o mesmo que procurar uma tenda parda no campismo dum festival de verão.

1 comment

  1. Mais uma vez percebi que este é um dos motivos que faz com que o convívio em grupos e a participação em ambientes de paródia seja coisa quase inexistente em mim, mas de que não sinto falta.

    Nunca sinto vontade de rir, nem qualquer manifestação interior de agrado, em situações do género. Não é uma questão de ficar mal ou ser incorrecto. Até porque quando não há gravidade, não lhe atribuo esse significado interpretativo. Trata-se apenas de ser completamente indiferente, amorfa, a regozijo por via do que surge como um mal. Julgo que no meu subconsciente está sempre o ‘e se fosse comigo’, até porque esta minha atitude tem-se agudizado com o tempo, portanto com mais vida feita.

    Contudo, não me aborrece nada que achem graça ou que se regozijem com algo de desagradável que me aconteça, mesmo que seja grave. Portanto sou igualmente indiferente, amorfa, quando me cai em cima.

    Tanto assim é que mesmo naquelas situações em que de forma reflexa se costuma olhar à volta para ver se alguém viu, como quando se cai, não o faço. Levanto-me, se puder, e sigo em frente.

    Também me dava jeito um carro roxo ou amarelo porque encontrá-lo-ia com maior facilidade. É que como não sei a matrícula, já me tem acontecido estar a carregar no comando junto ao veículo errado e até a dizer “oh, então não abre?!”

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