Que amor não me engana
Com a sua brandura
Se da antiga chama
Mal vive a amargura
Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na noite vazia?
E as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se apartam
Mais se ouve o seu grito
Muito à flor das águas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a minha beira
Em novas coutadas
Junta de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela Primavera
Assim tu souberas
Irmã cotovia
Dizer-me se esperas
Pelo nascer do dia
Estou muito cansada para fazer um comentário, vou-me ficar pelas interpretações.
Adorei a da Teresa Salgueiro e do Andrés Stagnaro. José Afonso e sempre bom tal como Pinho Vargas. Fiquei admirada com a Lena d’Água, ou já não me lembrava que cantava tão bem. Quem é que que canta no sítio do ‘Maio Maduro Maio’? Também uma beleza.
Depois venho com mais calma 🙂
Já te disse que falar é fácil, como não posso fazer mais nada vou falar 🙂
Se está cansadas, descansa. (tá a ver como é fácil? 🙂
O que há que não seja interpretado? (está é mais difícil)
Gostar, gostei de todas, que não sou sádico. A Lena tem um lado de tolinha, que do outro é uma simplicidade que roça a pureza.
Perguntar também é fácil. Onde é o sitio do Maio, Maduro Maio?
Agora apareço como anónima e sou a inconfessável. É o maldito edge. Amélia Muge e não a reconheci. Tive de ir ver ao youtube.
Conheço esta letra e música desde sempre ou quase. Conforme o estado de espirito, com a música, faço as interpretações que me adequam.
Ò maria jaquemira, dispensa as apresentações 🙂 não é mesmo preciso.
Primeiro porque não é preciso. E depois porque não é preciso.
Em tempos num forum de discussão, falei no FMI do Zé Mário Branco. Uma única pessoa sabia o que era. E essa citou logo passagens.
Ontem ao publicar isto, lembrei-me de outra coisa, disto
http://tintanobolso.escritas.org/2012/01/3650/
E agora, porque ao falar do curtis, lembrei-me de um documentário que vi ontem sobre suicídios na ponte de são Francisco. Não sabia que ao contrário da nossa, dá para passar a pé. resultado: Não sei quantos se atiram, mas morre mais ou menos um por semana..
E ficou-me uma coisa. Um dos que se atirou, sobreviveu. Quando o pai chega ao hospital a primeira coisa que ele diz é: desculpa.
Fizeste-me lembrar que há muitos anos a minha mãe quis que lhe pedisse desculpa por algo que me sucedera, que de certa forma resultou de uma opção e mudou a minha vida, que não prejudicava mas colidia com princípios.
Não fiz porque não senti que o devesse fazer, como continuo com o mesmo entendimento.
Apesar de considerar que os adultos só devem pedir desculpa de espontânea vontade e por iniciativa própria, é um ‘episódio’ perturbador.
O pedido de desculpa entre pais e filhos, por coisas não corriqueiras claro, entra noutra ordem, e não sei se se é possível ter essa percepção sem ter passado por isso.