“Gozo os campos sem reparar para eles. Perguntas-me por que os gozo. Porque os gozo, respondo. Gozar uma flor é estar ao pé dela inconscientemente E ter uma noção do seu perfume nas nossas idéias mais apagadas. Quando reparo, não gozo: vejo. Fecho os olhos, e o meu corpo, que está entre a erva, Pertence inteiramente ao exterior de quem fecha os olhos À dureza fresca da terra cheirosa e irregular; E alguma coisa dos ruídos indistintos das coisas a existir, E só uma sombra encarnada de luz me carrega levemente nas órbitas, E só um resto de vida ouve.”
“Gozo os campos sem reparar para eles.
Perguntas-me por que os gozo.
Porque os gozo, respondo.
Gozar uma flor é estar ao pé dela inconscientemente
E ter uma noção do seu perfume nas nossas idéias mais apagadas.
Quando reparo, não gozo: vejo.
Fecho os olhos, e o meu corpo, que está entre a erva,
Pertence inteiramente ao exterior de quem fecha os olhos
À dureza fresca da terra cheirosa e irregular;
E alguma coisa dos ruídos indistintos das coisas a existir,
E só uma sombra encarnada de luz me carrega levemente nas órbitas,
E só um resto de vida ouve.”
(Alberto Caeiro)
Faço minhas as palavras do Senhor de cima. Nada há de mais apropriado. E arranja-se um banquinho, ora essa! Abç.
O corpo é uma expressão silenciosa que te fala.
Um beijo
… não te ofusques com as sombras da luz…
Feliz Natal..
“A solidão era eterna
e o silêncio inacabável.
Detive-me com uma árvore
e ouvi falar as árvores.”
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“Quando eu estiver com as raízes
chama-me com tua voz.
Irá parecer-me que entra
a tremer a luz do sol.”
É raro tocarmos o belo… acabaste de o colocar à minha frente.
Isso mesmo, nunca fiando! E para te dar razão, antecipei-me um dia! Abç.
ao ler-te, aqui e hoje, constactei o que sempre senti ao olhar a minha sombra num silêncio que sempre doeu…
Grande Luís!!!!!!! Encheste-me o sapatito, como eu gosto! Abç.