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Gàmóne, iú, san óve abiche!

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Tenho a sensação que as canções que a gente manda para o público deixam de ser nossas, passam a fazer parte da vida dos outros.
Não tenho nada a ideia de que sou dono das minhas cantigas. É mentira, pá.

2 comments

  1. Julgo que isto está um bocado relacionado com o facto de se depender ou não da obra para viver. De se viver da música, da escrita, da pintura…
    Faz (mais) sentido que haja maior cuidado e atenção ao resguardo da autoria quando se vive unicamente daquela actividade.

    De qualquer modo, quer se queira ou não, e isto não tem que ver necessariamente com o beliscar da autoria, a partir do momento que algo – qualquer trabalho – é apresentado publicamente, ele também é o que os outros olhos vêem, os outros ouvidos ouvem… o cruzar com outros mundos e interpretações.

    (Já disse por aí várias vezes que tenho por hábito nomear a autoria do que utilizo, caso saiba.
    Assim como já disse que não rastejo para usar algo de alguém que já tenha sido tornado público, referindo a autoria, claro. Por exemplo, e isto já aconteceu, querer usar textos trancados em blogues, sem poderem ser copiados, argumentando os autores que se é assim, que se peça para disponibilizarem. Não, não faço isso.)

    1. Sim de facto pode estar, mas muitas vezes não está. No caso dos blogues, quem ganha dinheiro com isso é com patrocínios e publicidade, e não pelo direitos autorais do conteúdo.

      Quanto ao resto não vale a pena lutar contra moinhos de vento. Só achei graça ver alguém com uma linha pelo menos parecida com a minha. Coisa rara ?

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