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6 comments

  1. Ainda bem que sorriste.
    Pode ser apenas um exercício de escrita, ou uma catarse, mas também pode ser alguém que está no fundo do poço.

    1. é da natureza dos poços só comunicarem por baldes

  2. Se me pedissem uma palavra para ‘colar’ à eventual interpretação deste post, e que me ocorresse de repente, sem pensar muito (coisa difícil!), diria “contraste”.
    E ao mesmo tempo surge-me aquela imagem da pedra que se atira a um poço ou ao mar (ao rio, não) e de cujo efeito ficamos à espera como se resolve aquele engolir seguido do silêncio de segundos.
    Desde miúda que esta imagem tem um efeito tremendo em mim, talvez por ter lançado a pedra tantas vezes.

    1. tenho uma vaga ideia de também ter feito isso e de atirar pedras ao ar, aos outros ao mar (fartei-me de atirar pedras)

      Não se pode atirar pedras ao rio?

      1. Não me lembro de ter atirado pedras aos outros. Julgo que não fiz, talvez por, à época, ser uma brincadeira mais associada aos rapazes.
        Como julgo que os blogs também servem para meter colheradas à margem do que foi avançado, neste ponto ocorre-me dizer que no plano metafórico abomino o entendimento de atirar pedras aos outros, sobretudo quando vêm no formato da violência encapotada “prefiro ter pedras para atirar aos outros, do que me as atirem”. Laivos de vingança premeditada.

        Sim, Luís, pode-se atirar pedras ao rio. E esse detalhe não foi referenciado ao acaso, só para encher. Pela diferença de impacto não servia a imagem a que aludi.
        Muitas vezes, em criança e em adulta, fiz a experiência de atirar pedras a um poço (no meu quintal de criança havia um), ao mar e ao rio. Observei ao pormenor tudo o que acontece em cada uma dessas circunstâncias. O que se diferencia mais em termos de som, do borbulhar e do tempo que a pedra leva a sumir-se, é no rio.
        No último Verão fiz essa experiência numa praia fluvial. Por palavras minhas, que não tenho conhecimentos nestas áreas, diria que a maciez da água doce como que engole a pedra sem se notar um embate tão forte, e partindo do princípio que se usa a mesma força. É certo que no poço a água também é doce, só que não está tão expandida. Existem paredes que lhe acrescentam uma dureza próxima da água salgada, em termos de impacto, claro.
        A este nível, mergulhar num rio não é bastante diferente que fazê-lo numa piscina?
        E isto parece-me fazer ainda mais sentido quando penso nas diferenças de sensação táctil entre pegar em peixes de água doce e os de água salgada. Por exemplo, se numa mão tivermos um achigã e na outra uma corvina (ok, sei que também existe em águas salobras, mas não em água doce), e em circunstâncias idênticas de firmeza e posição de braços e mãos, a probabilidade de o achigã escorregar é maior.

        E dava imenso jeito que se chegasse aqui um especialista nestes assuntos. 🙂
        Restringi-me às minhas percepções.

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