Há quem diga que a chuva são lágrimas
Pessoalmente não acredito. O INEM não sairia de casa por tão pouco.
Não se fecha estradas ou interrompe o trânsito por um lamento.
No entanto, mesmo quando choras em silêncio, sinto o grito da terra.
E nesse momento o mundo acaba.
muito bonito!=) e pessoalmente tb não acho que sejam lágrimas! mas no grito da terra já acredito! qum nunca o ouviu nunca sentiu..
há coisas que mesmo devagar caem com mais força do que qualquer derrocada (e hoje no caminho para aqui vi muitas)
lá se foi o sol… e as manhãs de maio. humpf!beijinhos*
🙁 Não gosto da expressão “chorar em silêncio”.´É tão cruel…
vanessa, hoje só me vinham à cabeça coisas relacionadas com chuva, não sei porquê. Estranhissimo, mesmo. 🙂
cerejinha, acho que tens razão. mas são também as lágrimas mais estranhas e límpidas.
Bem, eu odeio quem faz do choro um circo. E não me lembro de chorar de outra maneira – bem, em criança devo-o ter feito.
e quais as mais difíceis? as ruidosas ou as lágrimas secas que só molham o que está muito dentro?
as secas.. chegam onde a chuva não chega!
ao intervalo:secas 1 – ruidosas 0
=)
Bem, as secas, tenho para mim, conduzem a um divã de psicanálise, que guardar mágoas não leva a lado nenhum. Mas há um meio termo. Há lágrimas que não fazem barulho, que são só nossas e de quem faz parte de nós. E essas deixam uma ressaca em forma de dor de cabeça, mas com a alma surpreendentemente leve. Atenção: quando critico as ruidosas, não é o barulho em si. É o espectáculo. É a vontade de levar pancadinhas nas costas, de querer convencer o outro da nossa desgraça. Do papel do coitadinho, fragilzinho, desgraçadinho e todos os inhos que me levam ao vómito.:o)
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secas 2 – ruidosas 1porque, para mim, empatam.as ruidosas querem-se longe de olhares curiosos,as secas podem aparecer até à mesa de um qualquer restaurante e só os mais atentos verão o grande nó que formam na garganta.
Chorar em silêncio com a chuva lá fora.E que ela traga um alívio imediato.:)
==)fipa, ganhei por dois bigodes a um 🙂
joana, acho que era o brecht que dizia que o mais difícil era reconhecer o que estava mal, depois é mais simples. dei-lhe razão e desde aí entre outras coisas estou muito mais desbocado
angela, para cada nó há um óleo. e há óleos tão prazenteiros que me dá vontade de inventar nós, só para os poder desatar
karlinne, se não funcionar, um xuto de vinho tinto para a veia também resulta muito bem 🙂
E por tanto, depois de anos de profunda meditaçao sobre esta questão que aqui se propôs, hoje faz dez anos e dois días, agora quando já de tudo em que falamos, falamos sempre em termos de sustentabilidade ou nâo sustentabilidade, quer seja de crescimento, de consumo do que quer que seja, da produção de alimentos, de energia nuclear, da queima continua de combustíveis fósseis, do desenvolvimento industrial e / ou econômico, etc. etc.
Tudo, hoje, está prantejado em termos de si é ou nâo é sustentável. E tudo isso para falarmos de coisas que nos son alheias para vivirmos.
Nâo acontece tal coisa cos choros, que sâo algo absolutamente pessoal e intransferível, intrínseco e exclusivo da condiçâo humana, e com a matéria-prima de que são constituídos, isso que lhes dá corpo e alma e os faz possível, convertidos assim ademais numa poderosa ferramenta de comunicação interpessoal: as lágrimas.
Para aqueles de nós que não possuem fisiologicamente mecanismos de as produzir de forma natural, e portanto, estamos obrigados a acudir aos fornecedores do mercado internacional, maiormente em mãos das grandes potencias econômicss, nomeadamente os USA, como já expliquei noutra ocasiâo, naturalmente o choro, com lágrimas a chorro, convértese num artigo de super luxo, longe das nossas posibilidades.
Então, agora, em Pieonchang 2018, com as duas Coreas competindo juntas, como as duas partes da mesma e única Coréia que elas são, chorando coletivamente, ao mesmo tempo, vitórias e derrotas coletivas, como fazem os coreanos de Pyongyang, o que? O que pode passar? O que vai passar?
E eu não conheço no mundo um espetáculo coletivo que provoque ao sentimento contrário do que manifesta como o daquele que interpretam as multidões que choram coletivamente no estilo norte-coreano.
É possível duplicar as lágrimas coreanas, co resto o mundo a rir, sem que se produza um cataclismo universal? Nâo será isso mesmo o que, um mes sí outro nâo, lhes promete o pato Donald de “destruir totalmente a Korea”, porque “O meu botâo nuclear é moito mais grande e poderoso que o teu, Kim Jong Un”?
Por isso mesmo pergúntome eu: O “Korean style” de deitar lágrimas por olhos e narizes, É ou Nâo é Sustentável?
Nâo acabaremos com as fontes de lágrimas para sempre? A humanidade, se é que existe, lamentarase disso algum día? De que lhe valera já a ninguem cantar “Por uma lágrima túa…”
Ou seja, resumindo:
Eu calculo que estarei em Lisboa na tarde-noite do 6 de marzo, terça feira, no lugar de costume, ás horas que tu disponhas. Se nâo for possivel o encontro, nâo chores. Procurarei algum jeito de remedialo.
É tudo.
Forte abraço.
Bemsalgado, sei muito pouco, e discordo de muito do que sei.
Com uma excepção, é que de certeza que lá estarei no dia 6 no sitio do costume. Nem que as vacas tussam 🙂
Grande abraço!