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invisibilidade

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Ser usado por conveniência não é ser relevante.

É economicamente, mas não é felizmente.

Não sei, nem quero, escrever mais.

7 comments

  1. Às vezes ‘dá jeito’ deixar que nos usem por conveniência.

    1. quem disse que o usado não pode ser usador?

  2. “Ser usado por conveniência não é ser relevante.” – Depende.
    Vou tentar explicar o meu ponto de vista.

    As pessoas são sempre usadas por conveniência, no sentido de serem necessárias, caso contrário não seriam usadas.

    Há o usar/explorar e o usar/natural. (Não me ocorre agora uma designação melhor para o que chamei “natural”).

    Quando se pede ajuda às pessoas de quem gostamos muito e com as quais existe empatia, o uso que se lhes dá (há uso) surge-nos esbatido, até sem este nome. Faz parte das relações interpessoais de qualidade que é bom promover.
    Nesta situação, não há direito a cobrança, embora possa existir troca. É natural que quem pediu ajuda, noutra ocasião se sinta mais receptivo a ajudar. É natural que quem ajudou sinta mais confiança para posteriormente pedir apoio.
    Estas pessoas são usadas por conveniência e são relevantes. A sua relevância até aumenta com o facto de haver uso por conveniência.

    Há outros casos ainda de maior altruísmo. Quem adere a causas, se bate por elas, faz caminho, sem procurar retorno para proveito próprio.
    Uma ajuda mais cega.

    No usar/explorar, as pessoas que se usam por conveniência não são relevantes. São números que serviram para preencher aquele buraco, para resolver uma situação… “Precisei, pedi, fez e passou à história; já não tenho nada a ver com ele/ela.” Passa-se demasiadas vezes à história. Acho.
    Parece-me que o “tom” do post está mais virado para esta linha do desgaste rápido.

    E julgo que se deve muito a esta última situação que a oferta de disponibilidade é refreada. Por conta das desilusões, a tendência é para ficarmos mais quietos. Alguns mais amargos, o que deve ser evitado.
    Encontrar um equilíbrio nisto não é fácil.
    É por isso que, não negando apoio que me peçam e que poderei prestar, passei apenas a disponibilizar-me junto de pessoas que se encaixam ali no primeiro grupo. Também uma questão de preservar a sanidade mental.

    1. já não me lembro bem do que disse (não me aparece aqui neste quadradinho) mas tudo se troca
      coisas, pessoas, emoções e sentimentos. Até se troca por dizer que não se quer nada em troca.

      Para ser relevante é preciso ter um altruísta do outro lado?

      1. Luís, não me referi a “troca” como “substituição por”. Mencionei relações interpessoais de qualidade em que naturalmente os envolvidos dão (-se) e trocam favores, mas isto sem qualquer obrigatoriedade e cobrança. Aliás, se elas – a obrigatoriedade e a cobrança – começarem a farejar, essa interacção perde qualidade e passa a ser um negócio.
        Tudo se troca? Emoções, sentimentos… Eu falaria mais em partilha. Não sei se era esse o teu sentido. Perturba-me que a palavra troca, que não seja partilha, seja extensiva a tudo.

        Não, para ser relevante não é preciso ter um altruísta do outro lado.
        A relevância até pode emergir na indiferença. Quando esgotadas todas as possibilidades.
        Por mais voltas que se dê, se não se for integro e honesto, jamais se será relevante. Embora possa parecer o contrário durante largo tempo.

  3. Pois, estava a falar de troca no sentido de negócio….

    Relevância na indeferença? Uma pessoa que me é indiferente não pode ser relevante.

    1. O que eu queria dizer é que quando já não é possível avançar mais, é-se mais relevante ficando quieto, não insistindo, do que encetar ou dar continuidade a uma guerra.
      Abandonar, desistir, pode ser o caminho melhor e, logo, quem o faz nessas circunstâncias tem mais relevância.

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