Ser usado por conveniência não é ser relevante.
É economicamente, mas não é felizmente.
Não sei, nem quero, escrever mais.
Ser usado por conveniência não é ser relevante.
É economicamente, mas não é felizmente.
Não sei, nem quero, escrever mais.
Às vezes ‘dá jeito’ deixar que nos usem por conveniência.
quem disse que o usado não pode ser usador?
“Ser usado por conveniência não é ser relevante.” – Depende.
Vou tentar explicar o meu ponto de vista.
As pessoas são sempre usadas por conveniência, no sentido de serem necessárias, caso contrário não seriam usadas.
Há o usar/explorar e o usar/natural. (Não me ocorre agora uma designação melhor para o que chamei “natural”).
Quando se pede ajuda às pessoas de quem gostamos muito e com as quais existe empatia, o uso que se lhes dá (há uso) surge-nos esbatido, até sem este nome. Faz parte das relações interpessoais de qualidade que é bom promover.
Nesta situação, não há direito a cobrança, embora possa existir troca. É natural que quem pediu ajuda, noutra ocasião se sinta mais receptivo a ajudar. É natural que quem ajudou sinta mais confiança para posteriormente pedir apoio.
Estas pessoas são usadas por conveniência e são relevantes. A sua relevância até aumenta com o facto de haver uso por conveniência.
Há outros casos ainda de maior altruísmo. Quem adere a causas, se bate por elas, faz caminho, sem procurar retorno para proveito próprio.
Uma ajuda mais cega.
No usar/explorar, as pessoas que se usam por conveniência não são relevantes. São números que serviram para preencher aquele buraco, para resolver uma situação… “Precisei, pedi, fez e passou à história; já não tenho nada a ver com ele/ela.” Passa-se demasiadas vezes à história. Acho.
Parece-me que o “tom” do post está mais virado para esta linha do desgaste rápido.
E julgo que se deve muito a esta última situação que a oferta de disponibilidade é refreada. Por conta das desilusões, a tendência é para ficarmos mais quietos. Alguns mais amargos, o que deve ser evitado.
Encontrar um equilíbrio nisto não é fácil.
É por isso que, não negando apoio que me peçam e que poderei prestar, passei apenas a disponibilizar-me junto de pessoas que se encaixam ali no primeiro grupo. Também uma questão de preservar a sanidade mental.
já não me lembro bem do que disse (não me aparece aqui neste quadradinho) mas tudo se troca
coisas, pessoas, emoções e sentimentos. Até se troca por dizer que não se quer nada em troca.
Para ser relevante é preciso ter um altruísta do outro lado?
Luís, não me referi a “troca” como “substituição por”. Mencionei relações interpessoais de qualidade em que naturalmente os envolvidos dão (-se) e trocam favores, mas isto sem qualquer obrigatoriedade e cobrança. Aliás, se elas – a obrigatoriedade e a cobrança – começarem a farejar, essa interacção perde qualidade e passa a ser um negócio.
Tudo se troca? Emoções, sentimentos… Eu falaria mais em partilha. Não sei se era esse o teu sentido. Perturba-me que a palavra troca, que não seja partilha, seja extensiva a tudo.
Não, para ser relevante não é preciso ter um altruísta do outro lado.
A relevância até pode emergir na indiferença. Quando esgotadas todas as possibilidades.
Por mais voltas que se dê, se não se for integro e honesto, jamais se será relevante. Embora possa parecer o contrário durante largo tempo.
Pois, estava a falar de troca no sentido de negócio….
Relevância na indeferença? Uma pessoa que me é indiferente não pode ser relevante.
O que eu queria dizer é que quando já não é possível avançar mais, é-se mais relevante ficando quieto, não insistindo, do que encetar ou dar continuidade a uma guerra.
Abandonar, desistir, pode ser o caminho melhor e, logo, quem o faz nessas circunstâncias tem mais relevância.