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Joelho

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Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho

Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio

Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo

Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo

Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo

E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento

Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas

Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas.

 

6 comments

    1. este ficou-me gravado desde o primeiro dia em que o li

  1. Excelente ilustração mo poema de Maria Teresa Horta.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

    1. está escrito com mais intensidade que qualquer imagem que escolhesse, mas tentei 🙂
      isto é um poema que agarra

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