Não poderá uma cidade ser feita de um conjunto de aldeias? Conjunto e não somatório, claro.
Não serão (quase) todas as cidades resultado de um conjunto de aldeias?
O meu bairro, o local de trabalho, a minha “zona de intervenção”… pode ser a aldeia da minha cidade.
Ou será que referiste aldeias num sentido pejorativo de “capelinhas”?
Os bairros só são aldeias se as pessoas se conhecerem. Ainda acontece em Lisboa, mas cada vez menos, Isabel Pires.
É a minha opinião que vale o que vale 🙂
Concordo com o teu conceito de aldeia, aliás foi o que quis dizer com “zona de intervenção”, espaços com afecto dentro.
Claro que acontece cada vez menos. Sinais dos tempos.
Mas não será que esses redutos de aldeia, embora escassos, nunca se extinguirão por completo? Como que uma espécie de lei de sobrevivência que nos remete para limiares afectivos que podem revelar-se imprescindíveis para que o mais automático também possa prosseguir?
De vez em quando penso muito nestas questões e agora gostei de voltar a reflectir no assunto.
Ontem ia passar numa zona a poucos quilómetros do centro de lisboa e vi o que podia ser uma aldeia no minho. Uma taberna com dois velhotes cá fora que pareciam estar lá desde o mês passado. A malta a andar pela berma da estrada com as cestas na mão.
Não sei se ainda é assim, mas descer a avenida de liberdade e ver os escritórios e lojas de luxo e as pessoas todas aperaltadas, e depois subir a rua das portas de santo antão, com as tascas, os lugares da frutas, e a malta que anda por ali, é uma viagem no tempo e nos espaço. A cinco metros uma da outra, e não têm nada a ver.
Quando se pensa em cidade,pensa-se num coisa minimamente homógenea, para não dizer comunidade. Mas não é. Na cidade é mais o que nos separa do o que nos aproxima. É um caldeirão.
Até a língua é uma aldeia. A mesma frase pode querer dizer tantas coisas para cada pessoa. E todas elas com interpretação correcta.
Até mesmo de aldeias ‘capelinhas’, lisboa está cheia delas também, cada rua, cada empresa.
Olhando bem lisboa não é uma cidade, porque a cidade não existe.
É uma criação nossa, uma convenção para agrupar o que não é agrupável.
Não poderá uma cidade ser feita de um conjunto de aldeias? Conjunto e não somatório, claro.
Não serão (quase) todas as cidades resultado de um conjunto de aldeias?
O meu bairro, o local de trabalho, a minha “zona de intervenção”… pode ser a aldeia da minha cidade.
Ou será que referiste aldeias num sentido pejorativo de “capelinhas”?
Os bairros só são aldeias se as pessoas se conhecerem. Ainda acontece em Lisboa, mas cada vez menos, Isabel Pires.
É a minha opinião que vale o que vale 🙂
Concordo com o teu conceito de aldeia, aliás foi o que quis dizer com “zona de intervenção”, espaços com afecto dentro.
Claro que acontece cada vez menos. Sinais dos tempos.
Mas não será que esses redutos de aldeia, embora escassos, nunca se extinguirão por completo? Como que uma espécie de lei de sobrevivência que nos remete para limiares afectivos que podem revelar-se imprescindíveis para que o mais automático também possa prosseguir?
De vez em quando penso muito nestas questões e agora gostei de voltar a reflectir no assunto.
a minha achega
Ontem ia passar numa zona a poucos quilómetros do centro de lisboa e vi o que podia ser uma aldeia no minho. Uma taberna com dois velhotes cá fora que pareciam estar lá desde o mês passado. A malta a andar pela berma da estrada com as cestas na mão.
Não sei se ainda é assim, mas descer a avenida de liberdade e ver os escritórios e lojas de luxo e as pessoas todas aperaltadas, e depois subir a rua das portas de santo antão, com as tascas, os lugares da frutas, e a malta que anda por ali, é uma viagem no tempo e nos espaço. A cinco metros uma da outra, e não têm nada a ver.
Quando se pensa em cidade,pensa-se num coisa minimamente homógenea, para não dizer comunidade. Mas não é. Na cidade é mais o que nos separa do o que nos aproxima. É um caldeirão.
Até a língua é uma aldeia. A mesma frase pode querer dizer tantas coisas para cada pessoa. E todas elas com interpretação correcta.
Até mesmo de aldeias ‘capelinhas’, lisboa está cheia delas também, cada rua, cada empresa.
Olhando bem lisboa não é uma cidade, porque a cidade não existe.
É uma criação nossa, uma convenção para agrupar o que não é agrupável.
…e algumas são espectaculares.
só é preciso olhar para elas