Ele quis morrer para arrasar a morte e voltar.
Estava na arrábida com este livrinho da &etc, quando li esta frase. Passaram muitos anos e a frase e momento em que a li nunca mais se saíram da cabeça. E por vezes nem me lembro do que almocei no dia anterior.
Isto acontece por si. Não tomei nenhuma decisão consciente de lembrar uma e esquecer a outra. Aliás, nem tenho voto na matéria. Por mais que queira lembrar algo, acontece esquecer.
Não só não temos controle sobre a memória como desconfio que ninguém sabe exatamente como é que a coisa é “armazenada”. Se soubesse comprava mais uns discos desses e talvez apagasse alguns.
Ele quis morrer para arrasar a morte e voltar.
self-portrait?
love to see u
não gostavas? eu escuso de dizer 😉
A memória é moldada pelos afetos…
é verdade, quer por eles quer pela falta deles
De algumas coisas que li sobre a memória, o que se guarda, as boas e as más… as quais me parecem fazerem mais sentido.
As memórias boas, do que nos fez e faz sentir bem, mesmo que sejam pequenas, ‘curtas ou diminutas’ no tempo e na ordem da vida que queremos e gostamos, tendem a sobrepôr-se ou até a anular as más. Há mecanismos no nosso cérebro que agem a este nível como uma defesa e apelo de sobrevivência. Se assim não fosse, talvez nos matássemos mais e a maior parte das pessoas fosse infeliz.
Mesmo quem tem tendência para dar de comer às memórias más e por consequência alimentar angústias, o normal (contrário do que acontece menos; ou então de ‘comportamento’ patológico) é que veja uma qualquer luz, nem que seja um fio, que se sobreponha ao lado negro.
sempre que nas questões do comportamento e pensamento andamos um bocado ás apalpadelas
sei que se largar uma pedra, ela cai
mas nunca sei como uma pessoa vai reagir, posso prever baseado em probabilidades, mas nunca é certo