Será que o sindrome do “no meu tempo é que era bom” me está a afectar, ou a intolerância está mesmo a aumentar a olhos vistos?
Incluindo a face mais negra da intolerância que é a censura. Quer pela eliminação pura e simples, quer pela violência dos ataques.
O que me entristece é que mesmo quem em teoria defende teses mais solidárias, cala e insulta as vozes discordantes.
Num forum que parece próximo do PC, apagaram um artigo que punha em causa posições do PC a dar cobertura ao Medina no caso das manifestações.
Primeiro porque citava o Observador, não porque não fosse verdade, mas por ser o Observador é apagado.
E porque o assunto era “desnecessáriamente incendiário”. Nem digo nada. Malta nova de esquerda, não devia ser revolucionária e incendiária? Agitar as águas paradas e dizer não à injustiça?
E aceita-se isto com naturalidade, sem indignação visivel. Que por todo o lado existam ‘moderadores’ (leia-se censores) que apagam discricionariamente o que não gostam ou não concordam.
Pior, há uma corrente dominante que acha bem a eliminação de “noticias falsas”. Informação falsa e/ou tendenciosa sempre existiu. Quem não ouviu as teorias que o 11 de Setembro foi feito por americanos, que ninguém aterrou na lua, ou que há ovnis e extra-terrestres entre nós?
Compete-nos perante o que lemos e vemos valorizar e decidir. O perigo que a verdade e mentira passe a ser decidida por outros é enorme. Que um dos lados da história passe a ser censurado e que não se saiba da sua existência sequer.
Muita coisa que é veiculada pelos media como verdade, para mim é falso. Porque muito do que é dito é intencionalmente distorcido para servir alguns interesses.
Por mais absurdas, descabidas ou perigosas que sejam algumas versões quero que sejam ditas e quero conhecê-las.
Nada é mais perigoso que a ignorância.
E ninguém é dono da verdade.