Quer seja no ambiente em que estes homens vivem, quer noutro contexto, o velhote tem razão com o remate de “foda-se o horário”.
Porque o horário é sempre fodido, mesmo nas situações em que é usado o direito da isenção de horário ou é concedida essa benesse.
Venho aqui introduzir outra questão que presumo ser tratada de modo diferente no sector público e no privado.
Apenas tenho experiência da função pública, informação que dou porque certamente influencia o meu relato e interpretação.
Pouco tempo após iniciar a carreira actual, e sem que o tivesse solicitado, concederam-me isenção de horário, o que significava poder ter que trabalhar em qualquer dia da semana e em qualquer horário, sem qualquer acréscimo remuneratório, sendo que também não era obrigada a cumprir um horário de entrada e de saída nos dias em que não havia tarefas extra.
Na prática, e naquela altura, tal representava maior prisão do que ter um horário rígido, sendo que a entidade empregadora também ganhava mais pelo facto de ter um funcionário sempre disponível, sem que tivesse que pagar horas extra.
A mim tal exigia muito sacrifício pessoal e familiar, sem que aquela não obrigatoriedade de hora de entrar compensasse, até porque o ritmo a que as coisas aconteciam não era compatível com essas ausências.
Muitos anos depois, numa abordagem de reorganização de serviços, e a título de incentivo, propuseram-me voltar a aceitar a benesse (não seria direito) de isenção de horário, o que rejeitei e continuo segura dessa opção.
Na realidade em que trabalho a isenção de horário colide mais com a liberdade do trabalhador do que o cumprimento de um horário rígido, embora muitos prefiram a primeira opção por causa de levar as crianças à escola e assim.
E o horário ainda é mais fodido porque muitas vezes funciona-se mais de acordo com o tempo a cumprir do que em função dos objectivos delineados, caso existam.
Julgo que a realidade do privado, na generalidade, é diferente.
A intenção foi deixar aqui um pequeno relato desse aspecto do mundo laboral e que talvez seja pouco conhecido.
Quer seja no ambiente em que estes homens vivem, quer noutro contexto, o velhote tem razão com o remate de “foda-se o horário”.
Porque o horário é sempre fodido, mesmo nas situações em que é usado o direito da isenção de horário ou é concedida essa benesse.
Venho aqui introduzir outra questão que presumo ser tratada de modo diferente no sector público e no privado.
Apenas tenho experiência da função pública, informação que dou porque certamente influencia o meu relato e interpretação.
Pouco tempo após iniciar a carreira actual, e sem que o tivesse solicitado, concederam-me isenção de horário, o que significava poder ter que trabalhar em qualquer dia da semana e em qualquer horário, sem qualquer acréscimo remuneratório, sendo que também não era obrigada a cumprir um horário de entrada e de saída nos dias em que não havia tarefas extra.
Na prática, e naquela altura, tal representava maior prisão do que ter um horário rígido, sendo que a entidade empregadora também ganhava mais pelo facto de ter um funcionário sempre disponível, sem que tivesse que pagar horas extra.
A mim tal exigia muito sacrifício pessoal e familiar, sem que aquela não obrigatoriedade de hora de entrar compensasse, até porque o ritmo a que as coisas aconteciam não era compatível com essas ausências.
Muitos anos depois, numa abordagem de reorganização de serviços, e a título de incentivo, propuseram-me voltar a aceitar a benesse (não seria direito) de isenção de horário, o que rejeitei e continuo segura dessa opção.
Na realidade em que trabalho a isenção de horário colide mais com a liberdade do trabalhador do que o cumprimento de um horário rígido, embora muitos prefiram a primeira opção por causa de levar as crianças à escola e assim.
E o horário ainda é mais fodido porque muitas vezes funciona-se mais de acordo com o tempo a cumprir do que em função dos objectivos delineados, caso existam.
Julgo que a realidade do privado, na generalidade, é diferente.
A intenção foi deixar aqui um pequeno relato desse aspecto do mundo laboral e que talvez seja pouco conhecido.