Mesmo nos filmes da treta há citações sem ser da treta
‘Casamos porque precisamos de alguém que testemunhe a nossa vida’
Ser a Susan Sarandon a dizê-lo, ajuda.
Mesmo nos filmes da treta há citações sem ser da treta
‘Casamos porque precisamos de alguém que testemunhe a nossa vida’
Ser a Susan Sarandon a dizê-lo, ajuda.
Não e lembro qual é o filme, mas li isso no outro dia no fb e incomodou-me. Fiquei a pensar no porquê.
E se eu não casar e não viver com ninguém, ninguém assiste à minha vida? os amigos não contam? e isso será tão importante que entremos na mais difícil relação entre seres humanos?
Não me parece. Acho, aliás, que os filhos são quem mais testemunha e dá testemunho da nossa vida.
E continuo a não achar que esse testemunho ,seja ele qual for, seja assim tão significante
Testemunhar as coisas, pequenas e grandes, que acontecem, fazemos e pensamos implica um acompanhamento e uma presença constante e próxima, precisa desse ‘viver junto’.
As mulheres mais que os homens, ás vezes têm a melhor amiga, estão sempre juntas e a falaram-se, o que se pode aproximar, mas não é a mesma coisa.
Os filhos, aos 15 anos querem lá saber dos pais, querem é estar com os amigos.
Podes dizer que montes de malta que vive junto sem viver junto e são tudo menos testemunhas um do outro, e tenho de concordar.
Mas para alguns funciona.
Não me parece que uma coisa tenha a ver com a outra.
Mas isso sou eu, que de casamentos percebo pouco.
Não tem a ver com casamento por si: Quando se esta´no trabalho ‘representamos’ para um publico, quando se está com amigos a beber para outros, cada um vê uma versão diferente, uma parte de ti.
Mas tu és isso tudo e mais aquilo que está fora dessas esferas. E quem viva contigo e testemunhe a tua vida, sabe e interessa-se pelo que se passa no trabalho, conhece os teus amigos, assiste a tudo. Sem ficar um bocameloso, que acho que estou a ficar :), é um bocadinho daquela cena dos bons e maus momentos.
Não digo de todos porque isso ninguém suporta
Todos padecemos dessa enfermidade que é a heteronímia. 🙂
Agora tocaste no nervo: para que haja esses testemunho, é preciso que haja interesse; não havendo, são apenas um par/casal a assistir episodicamente à vida do outro.
Mas, pronto, eu entendi o que quiseste dizer.
E deve ser bom ter uma vida assim. Pessoalmente, desconheço. 🙂
Não estou a dizer que o casamento, entendendo por casamento viver com, não funciona.
Não percebo é porque é necessário esse testemunho. Sei que é fácil falar quando se é casada e se tem filhos, mas, pessoalmente, não preciso desse testemunho, nem é por isso que continuo casada.
Enquanto filha, sei que o afastamento dos filhos é importante , mas que voltam.
Devo ser eu que sou muito independente, mas não estou de acordo
É bonito dizer-se que devemos fazer as coisas por nós, e não pelos elogios que se podem obter dos outros.
Mas esse reforço, o reconhecimento dos nossos actos é importante. Por vezes faço coisas para as quais olho e penso, porra está bonito. E chega-me.
Outras vezes não, confesso que me faz falta reconhecimento exterior.
Tu talvez não sintas tanto essa necessidade, ou a tenhas plenamente satisfeita o que é muito bom.
E acho que desviei um bocado da intenção da citação inicial, mas que se lixe 🙂
Acho que o que me não agrada é a parte egoísta do testemunho e o haver uma confusão entre amar e testemunhar.
Já vivi sozinha e gostei muito.
Talvez não esteja a ver ou a perceber bem, mas uma coisa e outra são diferentes e não se atrapalham. E não estou ver bem a parte egoísta do testemunho.
O viver ou não sozinho é como tudo, tem vantagens e desvantagens. Tenho a ideia nunca experimentada de viver junto em casa diferentes. Top no 2º esquero e no 2º direito.
Pode-se estar sozinho e gozar aquela liberdade que só tem tem qd não está mais ninguém. Ou quando se precisa de estar só.
E quando se quer chegar a casa e ter lá alguém para falar, pode-se ter.
Presumo que aqui a referência ao casamento é uma metáfora. Casamento significando os outros, quer seja o cônjuge ou não.
Acredito que existimos porque existem os outros (e não em função dos outros), porque é muito na interacção que nos fazemos.
Tenho ambas as experiências: viver só e casamento. A solidão ou ausência dela não passa necessariamente por se estar de um lado ou do outro.
Sim, não será necessariamente o cônjuge mas não acho sejam os ‘outros’.
Tal como concordo com a importância da interacção (o 1+1=3) mas é também preciso também o reforço positivo, o reconhecimento que vem dos outros sem isso signifique viver em função dos outros.
Quanto ao final, mais uma vez estamos de acordo 🙂
Estou de acordo com a Isabel Pires.
Cozinho bem, e gosto que elogiem o que faço, desde que seja alguém que saiba comer, mas tanto faz que seja marido, filhos ou amigos/as.
Fiquei a pensar no que é saber comer ?!?
É saber quando está ou não bem feito. tenho visto, muitas pessoas, acharem que é bom e o que não é. Para essas não vale a pena cozinhar. Ou, por exemplo, beberem um bom vinho e não fazerem qualquer comentário e oito dias depois dizerem que beberam o melhor vinho do mundo porque o pagaram num restaurante 🙂