A porta fechada
A cara voltada
O chão se aproxima
Do murro arrependido
Do elevador não caído
O corpo se aperta
E eu não sou já de mim
sou do gosto que não dei
e de mim se tomou
E não sei que mais tarde
serei das águas do Tejo
ou doutro rio mais aquém
Não terei trejeito, nem jeito sequer
poderei quanto muito rimar
com quem, como eu, tal não puder:
Uma cor, uma pedra ou talvez um pomar.