As coisas inacabadas e por fazer geram ansiedade.
Assim tento (ênfase no tento) lidar com tudo o que me chega ás mãos imediatamente.
Se depender de coisas futuras e não poder resolver logo, ponho a data em que vou poder avançar e até lá esqueço o assunto.
Assim apesar não estar feito, não fica nas preocupações.
Pensar numa lista enorme de coisas que se tem por fazer, gera ansiedade sem grande proveito.
Que é o que acontece se pura e simplesmente atirarmos tudo para uma pilha de coisas para fazer.
Há quem use outra estratégia. Não fazer nada do que têm que fazer e não se ralar absolutamente nada. Ainda não descobri como se consegue isso.
Procurei alguma lógica ou associação para escolher esta música, mas não encontrei nenhuma para além de me ter lembrado dela.
Concordo com quase tudo. Sobra a última frase antes da imagem porque julgo saber como se consegue isso, embora não pratique nem me reveja nessa estratégia. Fica para o final.
Antes disso.
Em dois períodos da vida, em que percebi que tinha de tratar (no sentido de dever tratar, mas que não havia obrigação porque a vida continuaria a girar; ‘apenas’ uma obrigação para comigo), de coisas que não tinham prazo para o fazer, dei conta que é esse tipo de situações pendentes que cria mais ansiedade. Às vezes acontece, e isso sucedeu-me, ter de se impôr prazos e não se conseguir cumpri-los porque alguma variável que não se controla impede concretizar no prazo, o que prolonga a ansiedade.
Tenho por hábito fazer uma lista do que tenho de resolver, com os prazos quando existem, e dá-me gozo riscar quando concluo.
Normalmente essa lista nunca fica em branco. Pensando mais, julgo que nunca dei com ela assim. Talvez seja bom sinal porque a lista não tem só obrigações do trabalho ou outras que é preciso resolver para que a vida do trabalho e dos outros deveres, se fazer. A lista tem também o que é preciso resolver para me acrescentar vida.
De resto, não costumo ‘perder-me’ em caos de post-its como o homem da foto, até porque esses papelinhos amarelos servem-me mais para guardar pensamentos e outros roteiros de emoções que distribuo por livros, imagens.
Há quem não faça nada do que tem para fazer nem se rale com isso porque tem quem lhe faça as coisas e quem lhe resolva os assuntos, continuando a usufruir dos mesmos benefícios e com base na imutabilidade do adquirido. A lógica é esta, mesmo que não verbalizada e mesmo que na consciência não esteja assim disciplinada: “Para quê ter de me esforçar, se há quem o faça e eu não tenho mais benefícios por isso e nem preciso de mais, que assim está bem?”
Por vezes é uma estratégia aplicada a vários departamentos da vida. Seja como for, cria sempre dependências ‘desnecessárias’ que resultam em desequilíbrios nas peças que é preciso encaixar, e são precisamente esses desequilíbrios que contribuem para a reprodução da estratégia.
Quase que cortava o cabelo… A lógica para a música?
Se fosse eu a seleccioná-la, tinha uma explicação. E tem que ver com uma ‘quase decisão’, que ainda não chegou a sê-lo porque me deixo levar neste pormenor 🙂
Ando há um tempo a dizer ao cabeleiro que quero tirar um bocado de comprimento ao cabelo… De todas as vezes a resposta invariável é “agora nem pensar cortá-lo, que ele está cheio de vida” 🙂
Portanto, excepcionalmente é uma decisão adiada mas que não me traz ansiedade 🙂