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Tá aqui para limpar o prato

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disse-me o empregado a apontar para uma travessa

Devia ser sempre assim.
Quando temos o prato cheio de restos que já não queremos, ter ao lado uma travessa onde os pôr.

E que sentirá a travessa?

4 comments

  1. Cada objecto tem a sua função, a da travessa é ser depósito dos restos.
    Na maioria das refeições, resigna-se.

    p.s.: o blogger exigiu-me que escolhe-se vinhos, para provar que não sou um robôt e que posso comentar. será que interpretou o conteúdo do post?

  2. Estou com os copos… «escolhesse», qual «escolhe-se»!

    Vou ali morrer de vergonha, já volto.

    p.s.2: à segunda, não me pediu nada, lá deve ter visto que abusei do vinho no comentário anterior.

  3. Quando a função de um objecto é considerado pelos outros como menos digna, que fazer
    Recusar-se ficando vazia?
    Tentar a auto-satisfação do dever cumprido, apesar dos outros?
    Mudar-se, e deixar-nos sem travessa?

    Acho estranho que tenho uma embirração com essas provas de que não somos robôs. É das poucas coisas em que ainda credito. Já vou ver o que se passa.

    Infelizmente não tem nada a ver com o post, por várias razões nomeadamente uma.

  4. Todas as funções dos objectos são dignas, o valor das mesmas depende das opiniões de terceiros e, contra essas, de pouco vale invocar a lei da necessidade.

    Vê o caso dos vasos. Há os de honra e os de desonra. Agora imagina o mundo sem vasos de desonra… seria uma valente porcaria. Talvez assim concluamos que todos são honrados, segundo o seu fito.

    A travessa que se auto-satisfaça e se alegre por ser precisa e desejada – ou não terias escrito sobre ela.

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