Há várias tiranias que circulam por aí, do que se deve ser.
Uma delas é que ser optimista é que é bom, um pessimista é um gajo a evitar a todo o custo.
E no entanto num carro a caminho dum poste prefiro mil vezes ouvir o pessimista.
Há várias tiranias que circulam por aí, do que se deve ser.
Uma delas é que ser optimista é que é bom, um pessimista é um gajo a evitar a todo o custo.
E no entanto num carro a caminho dum poste prefiro mil vezes ouvir o pessimista.
As considerações sobre o ‘dever ser’ no que respeita ao emocional ou ao comportamento-emoção, que não prejudica os outros e tem que ver com as idiossincrasias, é uma violência. Só que é daquele tipo de violência muito silenciosa, sub-reptícia, em que nos vão engolindo quase sem darmos por isso. Também há quem goste.
Mais, esse tipo de ‘dever ser’ , quando veiculado pela comunicação social, revistas, escola, trabalho, etc., é uma forma de nos colocar uns contra os outros e de incitamento à má competição, quando o caminho devia ser o da aceitação e de integração das diferenças.
Depois temos a formatação.
Começa-se a dizer aos miúdos desde muito cedo que têm de ser alegres, felizes, optimistas, fortes… Ah, mas aceita-se bem e até se valoriza a tristeza que é por causa dos outros ou que nasce neles, mas se for de nós ou por causa de nós, é fraqueza, inadaptação.
Mas também se valoriza a criatividade e faz-se a apologia dela. Se a criatividade não se dá bem com a tal formatação, digo eu, em que é que ficamos?
Ficarem nas margens não é propriamente problema, mas se forem atirados para as margens dos discriminados já é.
Diz-se que se valoriza a criatividade, ficaria mal dizer o contrário
Valoriza-se a criatividade desde que correcta e não ponha em causa nada
“esta gente sobre esta imperial e sopa à frente
esta gente que se levanta de peito e escreve
para não matar ninguém”
Um pessimista é…
https://www.escritas.org/pt/t/13713/o-pessimista-e-uma-pessoa