1.
ressuscitar em vida
é possível?
2.
Nunca vi um poste com titulo.
Com lâmpadas, com carros, com sinais, mas com títulos é a primeira vez
3.
Quando se liga, liga-se a alguma coisa.
E quando se desliga, tem que ser a nada? É tão cruel.
4.
Quando vinha para casa tocava isto na rádio
só se pode ouvir à noite
5.
Corri risco de vida para tirar estas estas fotos
há coisas que são melhor feitas olhos nos olhos
para não falar nas infracções ao código da estrada
6.
Continuo a não gostar do termo ‘tirar fotografia’
mas à falta de melhor lá terá que ser
7.
Se há um código da estrada
porque não há um código do passeio?
8.
Odeio chaves
tenho tantas chaves
9.
Nesta batalha homem vs máquina
viva a irregularidade
10.
11.
Há dias em que me apetece abraçar todas as pessoas com que me cruzo na rua
mas não abraço
12.
Leio: O preço a pagar por ser livre e inteligente é condenar-se à vulgaridade, a não progredir, a não exercer uma crítica com altura e direcção.
Fiquei a matutar.
13.
Há quem diga que o inevitável acontece sempre. Alguns fazem até disso um bonito romance de amor.
Eu não sei. Ainda estou à espera que um absoluto aconteça.
14.
Xarme
Xerme
Xirme
Xorme
Xurme
Já sei conjugar a tabuada dos vinte e quatro
15.
Receber um email da contabilista
Aquilo és tu?
16.
Sair do facebook
17.
O que é ‘és tu’?
18.
Lembrei-me agora que estou a dar um baile aos feeds.
19.
Anda. Vamos dançar.
20.
Meus caros, hoje o mundo é meu.
Desenrasquem-se.
Chamem o piquete da EDP. Acendam uma vela. Apaguem o piquete da EDP. Chamem uma vela.
21.
Em resumo:
Divirtam-se com o piquete da EDP e uma vela.
22.
Quem não se está a divertir, não anda à vela.
O piquete anda.
23.
Na mesa atrás de mim: Ela vai desenvolver um projecto.
Mas porque é que ela não acende uma vela?
24.
Ou chama o piquete da EDP?
25.
Vou mudar o titulo disto.
26.
Mas continuando em construção.
27.
i meil
Esquerda moderada, é um bocado como sou claro escuro. Esta malta para ganhar eleições quer ser deus e o diabo. Ser a mudança estável.
28.
Falta música
29.
Compreendo agora melhor quem diz que temos escolhas a mais
30.
Mas não façam your thing em publico
31.
A propósito do que mais recente estudo que circula nas noticias (quem esteja a leste é aquela cena das carnes vermelhas)
A maior causa de cancro que conheço, é viver. A malta que que não vive, normalmente não morre de cancro.
E no outro dia, li um estudo muito interessante. 100% das pessoas que ocasionalmente consomem vegetais, morrem. Desde aí nunca mais comi legumes!
As noticias e os estudos divertem-me tanto. É por isso que leio.
32.
Sobre o ISBN ser pago
Sei que me vão bater e com razão. Eu batia. Mas o que me lembrei foi isto: se um antibiótico é pago, se uma consulta é paga, se o leite para uma criança é pago, que se lixe o ISBN!
Afinal veio-me uma réstia de consciência às mãos, e sim os livros devem ser à borla. A cultura deve ser um direito.
Mas há coisas que me indignam com uma força que vem muito de dentro, que dói, e há coisas que me indignam só.
33.
Há dias em que me dá vontade de chorar, e custa-me não conseguir, como se isso fosse uma espécie de redenção
34.
Não há nada a fazer, temos sempre a mania que somos espertos, e que inventamos tudo.
O celofane é porreiro para enrolar a comida, prático e higiénico. Mas quem o inventou foi o camarão e a gamba.
35.
Foi o caminho que se tornou solitário, ou fui eu que me tornei solitário?
Ou é a mesma coisa?
36.
Porque é que o Barry White é preto?
Porque é de acordo com o google ainda ninguém fez esta pergunta ‘why is barry white black’?
Ou será que o google censura a coisa como sendo racista?
37.
Outra coisa que acho graça. Vê-se com frequência, citar-se coisas antigas de 50 ou 500 anos salientando o facto que são actuais. Exemplo: ‘Que época terrível esta, em que idiotas dirigem cegos’. Frase muito actual dita pelo Shakespeare.
E os mesmos que dizem isto, continuam a acreditar no progresso, a ponto de nem se questionarem.
38.
As facas só cortam quando usadas.
39.
Estranho que quando falo não sai voz
40.
Quando corro passeio com os sonhos
Quando paro enfrento os meus medos
41.
Calças à boca de sino
42.
Quarenta e três
Muito à frente este ponto. Fica a duvida de como numerar o próximo.
Mandam as letras ou números?
59.
Mandam os pinguins
60.
A Portaria nº 383/2015, de 26 de outubro, aprova o novo Modelo 10 do IRS e IRC e as respetivas instruções de preenchimento, destinando-se a dar cumprimento à obrigação declarativa a que se referem a subalínea ii) da alínea c) e a alínea d) do n.º 1 do artigo 119.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) e do artigo 128.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC).
61.
No momento do sexo se a mulher está com umas cuecas de renda preta, foi ela que quis.
Se estiver com as cuecas da avó, foi o homem que quis.
62.
Abomino as pessoas que abominam.
Mereço mais que eu.
63.
A minha única obrigação é não ter obrigação nenhuma
64.
Estamos construídos para o destaque normal
65.
Há que falar de entranhas e de pénis
mas não sempre
66.
Estou morto para fora de mim.
Desisto.
67.
O chato dos ascetas é que morrem como os outros
Fica a opinião: É possível ressuscitar em vida. Apesar de a metáfora dos Walking Deads, estar cada vez mais atual. Nascemos para trabalhar e consumir, é?
Também odeio chaves. O escritor Luiz Pacheco não tinha fechadura no seu apartamento de Massamá.
O ponto doze, realmente dá para pensar, mas a conclusão é que a inteligência está em parte ligada ao processo de libertação, mesmo que este processo não seja exatamente fazer o que nos apetece.
Não faço ideia, mas sim, não nascemos para trabalhar e consumir. Não pode ser. Não pode.
O Luiz Pacheco tal como a nossa sina são outros vinte e cinco tostões.
Vou alternando, mas neste momento parece-me óbvio, inteligência é o contrário de libertação.
Nos momentos em que me senti mais livre, não estava a pensar.
As emoções são livres porque não pensam. A consciência é a nossa maior prisão.
É possível quase ressuscitar em vida porque tantas vezes quase morremos
Tem de ser a nada e é muito cruel.
A companhia musical é perfeita
Desde os dez ou 11 anos que tenho um código do passeio. Ultrapasso sem chocar de frente e sem tocar no ultrapassado. É cada vez mais difícil. Também existem rotundas, quando tenho de fazer inversão completa por me ter esquecido de algo.
O ponto 10 é lindo e também já me aconteceu o 11
o 12 é fácil, não há liberdade completa, por isso nenhuma das outras permissas se aplica
1. Eu sei, graças a deus. Aquilo foi escrito num momento de semi-ressurreição.
2. Liguemos-nos então. Fim à crueldade.
3. A perfeição é comó vento. A de hoje é perfeitamente diferente e perfeita
4.Já não ando contigo em passeios 🙂
5.E porque não abraçaste? Já agora respondes ao que eu não pude
6.Mim bega 2 disagree. Já tive momentos em que me senti completamente livre. Não durou muito, mé cé lá vie.
Porque, apesar de achar que me estou completamente nas tintas (de todas as cores) para o que pensam de mim, não me apeteceu acordar num hospital psiquiátrico
Um abraço é bom, é um sinal amistoso
Se for para a rua abraçar pessoas, acordo de facto num hospital psiquiátrico
Conclusão:
Ah, esqueci o ponto 12. Sentiste-te completamente livre, mas eras? e claro, são as emoções, o mais bonito da vida, que provocam essa sensação
Se senti, era.
Conheces outra maneira de saber?
🙂 Não, não conheço outra maneira de saber. Achas que nesse momento perdeste o sentido crítico?
A conclusão: vai para casa e abraça todos que conheces e de quem gostas
Já desconfiava que essa fosse a solução para não ser internado 🙂
Mas não evita a eventual estranheza. Eu que não sou muito de abraços, no fim de semana abracei uma pessoa que já conheço há perto de 10 anos, e foi um pouco estranho.
Também não sou de abraços. Abraçaste um homem e achaste estranho.
Já dei uma boa gargalhada
Isto está a tomar um ramo que me lembra a anedota do ‘Organizem-se!’,
Pode ser perigoso 🙂
Pode, pode. deixa pra lá 🙂