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Variação sobre algo melhor

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Há coisas más que duram. São péssimas.

Há coisas más que não duram. São más.

Há coisas boas que não duram. São boas.

Há coisas boas que duram. São excelentes.

Ontem diziam-me que é hora de trocar de carteira.
Uma pequena bolsa de pele que tenho há mais de 20 anos para guardar os cartões, e que está em ótimo estado. Escusado será dizer que gosto dela.

Não sei se o Freud explica esta febre do novo pelo novo. A música nova, os filmes novos, as carteiras novas.
Os reels, os shorts, uma vaga incessante de coisas novas de mais do mesmo.

Alguém deve ter explicado, via das dúvidas tenho a minha teoria.

2 comments

  1. E porque o valor de um objeto não não está na sua novidade, mas sim na sua utilidade e na nossa relação afetiva com ele?
    Abraço daqui

    1. Mesmo que se tenha mais que suficiente para estarmos satisfeitos, queremos sempre mais. Há músicas que gosto para ouvir durante dias sem parar nem repetir nada. No entanto, quero descobrir mais.

      E os feeds sempre cheios asseguram não haver vazios, coisa que atemoriza.

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