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Post alusivo à quadra natalícia (ou Elogio ao Bom Senso)

Há alturas em que devia ser obrigatório responder: Vai-te foder!

Qualquer outra coisa é estar com paninhos quentes e calar o que não faz sentido ser calado.
É como ouvir a melhor música do mundo, daquelas que nos fazem ouvir sininhos, e dizer “é gira” a encolher os ombros.

Devia haver uma lei que obrigasse a fazer-se justiça a todos os sacanas e sacanices que acontecem por aí. Quando alguém merece mesmo ser mandado à merda, há que o mandar à merda. É normal. É do mais elementar bom senso.

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Gostava

de sair à rua e não haver rua. Depois caminhava ao longo de rua nenhuma e os passos fugiam
abandonam-me ali

e porque haveria de haver ruas ou sítios onde há ruas?
porque há-de haver rugas e cachecóis e cabelo? O trabalho de pensar isso tudo.

Rectas. É o que há. Longas rectas que não pensam.

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Eu

Eu egocêntrico. Eu que me tenho em alguma conta. Eu que sempre tentei ser independente e não contar com o acaso para nada.

Esse mesmo eu, sozinho não é nada. Até para escrever preciso de inspiração. De alguém ou de algo. Seja um amor, um copo ou uma flor.
Para a satisfação plena do que fiz, preciso que alguém (que não eu) olhe e aprecie.

E assim que me resta? Uma dependência total e absoluta. Do amor, do copo e da flor.

E dos outros. De ti e de ti.

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