web analytics

Memórias

Ele quis morrer para arrasar a morte e voltar.

Estava na arrábida com este livrinho da &etc, quando li esta frase. Passaram muitos anos e a frase e momento em que a li nunca mais se saíram da cabeça. E por vezes nem me lembro do que almocei no dia anterior.

Isto acontece por si. Não tomei nenhuma decisão consciente de lembrar uma e esquecer a outra. Aliás, nem tenho voto na matéria. Por mais que queira lembrar algo, acontece esquecer.

Não só não temos controle sobre a memória como desconfio que ninguém sabe exatamente como é que a coisa é “armazenada”. Se soubesse comprava mais uns discos desses e talvez apagasse alguns.

121 6

Ódios de estimação

O que se odeia prende mais do o que se ama.

Mais depressa se escreve uma carta de reclamação quando somos mal servidos, do que de agradecimento quando está perfeito.

E digo isto porque estive a ver o governo sombra, e duma ponta á outra só houve dois temas: a pandemia e o ventura.

A pandemia compreende-se, está num ponto que não se pode ignorar. Agora a outra coisa é relevante? 1% dos votos merece 50% da atenção?

Nunca ouviram dizer que não há má publicidade? Só há ter ou não publicidade. O perigoso é ser ignorado e desaparecer.

Nunca ouviram dizer que o ódio mata por dentro? É um circulo vicioso quanto mais cresce mais preocupa, quanto mais preocupa maior ele é.

Dizem-se alarmados com o crescimento do chega, depois dão-lhes horas e horas de tempo de antena em horário nobre. Liga-se a tv e estão a falar do ventura, abre-se o jornal e lá está o ventura.

Tornam o homem importante, e depois afligem-se com a importância que tem. O gajo não tem nada para dizer ou propor, para além de bocas que se ouvem em qualquer café. É deixá-lo lá no café a barafustar.

67 0
Load more