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Dos jornais

“O Secretário de Estado da Defesa do Consumidor admitiu, no Fórum TSF, que a nova taxa de disponibilidade de água criada para substituir a cobrança do aluguer dos contadores pode ser ilegal e aconselhou os consumidores a unirem-se contra as autarquias.”

O que fará o Secretário de Estado da Defesa do Consumidor? Hmmm, “Defesa do Consumidor”… Ah, já sei! Vai de férias enquanto os consumidores se defendem a si próprios.

Bom, a nova taxa pode ser ilegal. Hmmm, caraças, não sei que faça. Tribunais? Não. Multas? Não. Ah já sei! Vocês aí: protestem, se faz favor.

Mas o toque de genialidade foi o final: “aconselhou os consumidores a unirem-se contra as autarquias”. De uma penada livrou-se do problema de uma lei mal feita e de toda a extrema esquerda. Já não se podem amotinar contra o governo porque os governantes já se estão a amotinar contra si próprios.

Estou quase emocionado. É magnifico, é lindo.

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As tretas que me passam pela cabeça numa quinta-feira porque não tenho nada de melhor para fazer (ou reflexões sobre o meu umbigo)

Ando neste blogue há mais de seis meses. É menos do que muito e mais do que pouco.

E passado este tempo todo ainda não sei que lhe faça. Era bom que fosse uma coisa que me serene. Ou então que seja algo que me excite. Ou ambos ao mesmo tempo.

Não sei se quero que muita gente leia esta merda. Que interesse tem ser visto por quem só aqui vem para que o vejam? A resposta é clara. Depende dos dias, das luas, das reacções químicas ou lá o que é que influencia a forma como os sentimentos se formam dentro do crânio. (onde são, onde estão?)

De repente lembrei-me do post do outro dia, e resolvi pôr titulo no que era para ficar sem titulo.

Sei que que estou a estragar o “conceito” inicial do blogue, que se pretendia uma cena coerente, as letras e imagens a saltarem do fundo negro. Uma cena meio poética tipo com bom gosto. Que se foda a poesia e o bom gosto.

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As tretas que me passam pela cabeça numa terça-feira porque não tenho nada de melhor para fazer

As reportagens, as “coberturas” são uma treta. A gente hoje vê os filmes sobre o woodstock e construimos uma imagem baseados em algo que alguém construiu para nós.
A única maneira de saber como de facto foi, é estar lá. Com a vantagem de sentir em vez de ver.

Lembro-me de estar num festival e passar uma equipa de reportagem à procura do folclore. Por mim, que sou um gajo mais ou menos normal sem tatuagens nas orelhas nem piercings nas unhas dos pés, passaram a voar.

Como se capta o “espírito” de um acontecimento? Não faço ideia. Talvez noutra altura faça. Agora não.

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Ouvi para aí que há um estudo que diz que quem não vê noticias é mais feliz. Ao que responderam, quem as vê é porque se importa.

Ora, pelo menos nalguns casos, quem se importa fará por corrigir o que está mal.
O que acabará para beneficiar também os que não se importam e não fazem nem vêem nada.

O que nos leva a esta conclusão: Os felizes vivem à custa dos infelizes.

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Febre

sem esta febre que tapa as brechas dos dias, sem esta febre que grita mas não se ouve, sem esta febre que brota e não se vê, sem esta febre sem cura, sem esta febre.

distante de ti, distante de mim, distante, somente distante.
distante. ouviste?

longe.

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