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Da cena do sexo

Não encontro maneira de descrever o acto.

Se disser que vou foder, é um bocado à homem das obras e desadequado em muitas situações.

Vou copular, não é adequado nunca. Nem na aula de Anatomia I.

Dizer que vou fazer amor, é como um beijo na bochecha com peluches e corações cor de rosa.
Não joga com o suor, sucos e a muita porcaria que tem o sexo como deve ser.
Se se pode apresentar à família, não é sexo.

Dizer que tenho sexo parece que estou a falar das chaves na algibeira, ou da tralha que tenho guardada no sotão.

Já dizer que amanhã vou fazer sexo, é como estar numa linha de montagem a fazer parafusos para a Polónia.
Nada sexy. A menos que esteja rodeado de polacas de grandes mamas em lingerie e saltos altos.

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Muita coisa me baralha. Comecemos pelos óculos na ponta do nariz.
Aquilo é claramente um risco, mesmo à beirinha de cair.
Quem usa os óculos assim? As costureiras e os contabilistas.

Não percebo.

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A cena dos anéis e a cena da nudeza

Sou da geração pré-piercings. Quando era puto a afirmação através de adereços era feita com anéis e fios com os mais diversos penduricalhos. Desde a sagrada cruz ao “estou aqui para as curvas” corno.

Nunca usei nada disso e ainda hoje até a roupa me faz confusão. Durmo e ando em casa à civil. E não vou em pelota para a rua porque dá nas vistas. E nem é preciso ser grande 🙂

Esta geração avançou um passo na transformação corporal. São as tatuagens, os piercings e alargadores. O corpo humano é assim tão feio que seja preciso deformá-lo e escondê-lo? Se tenho uma imagem ou música que seja bonita, tenho-a ali guardadinha ao pé de mim. Não javardo aquilo tudo até ficar irreconhecível.

Querem sair da manada e rodear-se de coisas bonitas? Andem nus.
É mais barato e até o trânsito pára.

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A malta fala da rotina, mas não há homem mais rotineiro que o homem. Todo o santo dia, é: enfia meia, calça sapato, veste calças, enfia camisa. Dia seguinte, enfia meia, calça sapato, veste calças, enfia camisa. Mais um dia e mais meia, mais sapato, mais calças e camisa. Isto num ritual sem fim, igual a todos os dias e igual a todos os homens.

Amanhã venho nu.

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