A presença angustiosa das misérias humanas, tanto velho sem lar, tanta criança sem pão, a incapacidade da Monarquia e da República, da Ditadura e da Democracia para realizar a única obra urgente do mundo, a casa para todos, o pão para todos, lentamente me tem tornado um vago anarquista, um anarquista entristecido, humilde e inofensivo.
Isto não não fui eu que disse mas podia ter sido. Os conservadores dirão que é demagogia comunista. Na verdade é um desabafo feito, pouco antes de morrer, por um diplomata português: Eça de Queirós.