erradicar o pudor
o olhar que volta
o olhar que volta
Li as primeiras três palavras dum texto que começa por ‘O amor profundo’.
Não li mais nada porque um texto que começa por o amor profundo não promete nada de profundo.
E depois fui tomado de assalto por uma pergunta. É melhor o amor ao de leve o ou o amor profundo?
Isto assumindo que que um amor leve não pode ir fundo, e que um pesado é ao contrário.
Agora que já misturei o coiso, vou ficar a ver.
O Tarantino quando era tarantino, escrevia diálogos assim. Por um lado é uma conversa séria, por outro lado é impossível não rir.
Era nisto que o tarantino era bom. Andar naquela linha muito fina onde consegue ser tudo ao mesmo tempo.
[vimeo 18001293 w=500 h=400]
‘I’ma call a coupla hard, pipe-hittin’ niggers, who’ll go to work on the homes here with a pair of pliers and a blow torch. I’ma get medieval on your ass.’
A ideia é horrorosa e digna da inquisição, e cheia de humor ao mesmo tempo.
Vêm-me falar na cena dos cavalos no Django. Tem piada, porque é absurdo, mais nada. É o tarantino armado em mel brooks.
E eu cheio de saudades do tarantino.
a cada vaga segue sempre outra vaga, o mar nunca acaba: dá-nos segurança
mas cada vaga nunca é igual à anterior, nem à próxima: nunca nos aborrece
o mar é tudo. é nada e é sempre.
Eu guardo-o cá em casa, ao lado do frasco da farinha.
Que o sono é uma coisa natural como respirar ou rir. Principalmente quando se acorda às 6:45 num sábado.
E sei que não faz sentido e que está terrivelmente errado.
Na tv fala o josé carlos, automobilista. Antes tinha falado a maria da conceição, moradora. Porque mora.
Ao contrário do gajo que automobiliza que pelos vistos não mora.
Recentemente parece que cada vez que me passa uma tvi pelos olhos, lá está o tal fulano a dar um pontapé.
É isto 20 anos de televisão em portugal, feita para portugueses?
Nunca tomei anti-depressivos, e gostava de continuar assim, mas ó gentes, tenho os meus limites.