Coisas que estranho depois de almoço
Ler num aviso da parede: Este restaurante é abastecido a gás natural pelas traseiras.
Ler num aviso da parede: Este restaurante é abastecido a gás natural pelas traseiras.
Tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos,
métodos e técnicas que visam a resolução de problemas
que não sabíamos que tínhamos antes de surgir a tecnologia para os resolver…
“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.
“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
“Diabético” é quem não consegue ser doce.
“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer.
Isto aparece muito na net atribuído ao Mário Quintana, mas é na verdade da Renata, uma professora sorridente de Minas.
https://www.floramarela.org.br/secao.12,sm.11.aspx
Plateia de TED talk sobre parentalidade. A parentalidade deve estar a ver a bola.
Só um gajo à vista. E esse está a pensar: como me raspo daqui para ir ver a bola?
É a chamada democracia em acção. Interpretada por palhaços e marionetas.
Não fossem os carros e Lisboa pareceria quase abandonada. Até os sons estão sozinhos.
O pior do passar do tempo é que vamos desistindo, vamos perdendo o interesse, seja por cansaço, seja por desilusão.
Isto acontece a quase todos, se calhar faz parte da morte. Quando já se desistiu de tudo, morre-se. Lembro-me do Eça de Queirós nas palavras dele se foi tornando ‘um vago anarquista, um anarquista entristecido, humilde e inofensivo’.
Mas não é inevitável, há quem lute sempre como se fosse ontem. Há na Galiza pelo menos um ‘gaulês indomável’, o bemsalgado, com quem descubro coisas.
Uma delas, as Rubaiyat (poemas de quatro linhas) de Omar Khayya, um persa dos tempos em que não havia essa coisa da especialização. Deixou obra em áreas tão diversas como a poesia, filosofia, geometria, matemática e a astronomia.
O Omar Khayya se vivesse hoje seria um Vinicius, a pular de esplanada em esplanada, sempre de copo na mão. Os temas são os de sempre, o amor e a morte. E o vinho como símbolo da urgência de viver.
Num procura que fiz, descobri o que já sabia, que quem traduz escreve de novo. Vi traduções do mesmo poema irreconhecíveis entre si. Acabei por escolher as feitas pelo Alfredo Braga. Deixo um gostinho.
Procura a felicidade agora, não sabes de amanhã.
Bebe um copo cheio de vinho,
e pensa sentado ao luar
Talvez amanhã a lua me procure em vão.
Eu sei, uma rosa não murcha
perto de quem tu agora sacias a sede;
mas sentes a falta do prazer que eu soube te dar,
e que te fez desfalecer.
Que pobre o coração que não sabe amar
e não conhece o delírio da paixão.
Se não amas, que sol pode te aquecer,
ou que lua te consolar?
Não vamos falar agora, dá-me vinho. Nesta noite
a tua boca é a mais linda rosa, e me basta.
Dá-me vinho, e que seja vermelho como os teus lábios;
o meu remorso será leve como os teus cabelos.
Não me lembro do dia em que nasci;
não sei em que dia morrerei.
Vem, minha doce amiga, vamos beber deste copo
e esquecer a nossa incurável ignorância.
Quando me falam das delícias que na outra vida
os eleitos irão gozar, respondo:
Confio no vinho, não em promessas;
o som dos tambores só é belo ao longe.
Bebe o teu vinho. Vais dormir muito tempo
debaixo da terra, sem amigos, sem mulheres.
Confio-te um grande segredo:
As tulipas murchas não reflorescem mais.
Podes me perseguir, miragem de outra ventura,
podes modular a tua voz, mas só escuto aquela
que já me encantou. Dizem-me: Deus te perdoará.
Recuso o perdão que não pedi.
Um pouco de pão, um pouco de água,
a sombra de uma árvore, e o teu olhar;
nenhum sultão é mais feliz do que eu,
e nenhum mendigo é mais triste.
Do meu túmulo virá um tal perfume de vinho
que embriagará os que por lá passarem,
e uma tal serenidade vai pairar ali,
que os amantes não quererão se afastar.
Alguns amigos me dizem: Não bebas mais Khayyam.
Respondo: Quando bebo, ouço o que me dizem
as rosas, as tulipas, os jasmins;
ouço até o que não me diz a minha amada.
A abóbada celeste se parece a uma taça emborcada;
sob ela, em vão, erram os sábios.
Ama a tua amada como a ânfora ama o copo;
olha, boca a boca, ela lhe dá o seu próprio sangue.
Um dia pedi a um velho sábio
que me falasse sobre os que já se foram.
Ele disse:
Não voltarão. Eis o que sei.
Muitos se inspiraram no Omar Khayya. Fernando Pessoa quando morreu, deixou na gaveta uma tradução em inglês do Rubaiyat toda anotada e rabiscada. Deixo aqui o link
Realidade é uma ilusão que ocorre devido a falta de álcool.
(nem sempre faz sol na Ericeira)
“Eu bebo, não é por vício, não é por nada, é porque eu vejo no fundo do copo, o vulto da mulher amada. Se eu não beber a cerveja espumada, ela vai morrer afogada. É por isso que eu bebo sempre sem parada, e com o coração encharcado de pinga e cevada!”
Por isso escolhe bem.
Em tempos trabalhei com um consultor da KPMG (KGB para nós :)) que andava sempre com um caderninho na mão.
Uma das coisas que lá tinha era o seguinte:
Eu tenho os seguintes direitos
1. Pedir o que quero. Reconhecendo que os outros têm o direito equivalente de dizer não.
2. Ter as minhas opiniões e valores e de as exprimir.
3. Tomar consciência das minhas opiniões e ser capaz de mudar de ideias.
4. Tomar as minhas decisões e assumir as consequências.
5. Declinar toda a responsabilidade pelo destino e problemas de outras pessoas.
6. Ter a minha privacidade, de estar sozinho e ser independente.
7. Dizer “Não quero saber nem perceber”.
8. Ser afirmativo e no entanto mudar-me.
9. Relacionar-me com outros sem estar dependente da sua aprovação.
Falsas crenças auto-destrutivas a evitar
a) Tenho que ser apreciado por todos
b) As pessoas devem gostar de mim
c) Devo ser perfeito em tudo o que faço
d) Todas as pessoas com quem vivo e trabalho devem ser perfeitas
e) Tenho pouco ou nenhum controle sobre o meu destino
f) É melhor evitar as dificuldades
g) A discórdia e o conflito são desastres destrutivos a evitar a todo o custo
h) As pessoas, incluindo eu próprio, não podem mudar
i) Algumas pessoas são sempre boas, outras sempre más
j) O mundo deve ser perfeito e é inaceitável que o não seja
k) As pessoas são frágeis e devem ser protegidas da verdade
l) As pessoas existem para me fazer feliz
m) As crises são invariavelmente más e nada de bom pode vir delas
n) A solução perfeita existe, tudo o que tenho a fazer é procurá-la
o) Ninguém, incluindo eu, deve ter problemas, estes revelam incompetência
p) Só há uma maneira verdadeira de ver as questões