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Da cena do viral

De repente, a meio do filme, a luz apaga-se e nem imaginas o que acontece a seguir.

Esta é a última moda para conseguir que as pessoas façam o que querem que elas façam, ver o filme. Dizer que vai acontecer uma coisa sem dizer o que é.

E isto resulta melhor que dizer bem do filme. Para além de criativo e de pôr a alma aos pulos num domingo de manhã, está mesmo muito bem feito. Ela faz as vozes e instrumentos todos, cada um na sua caixinha, e depois sincroniza tudo com um resultado espectacular.

A primeira abordagem de convencer as pessoas resulta melhor porque mexe com o nosso subconsciente. Toleramos mal a falta, o perder, o não saber. Daí o ímpeto de ir ver o que acontece no fim do video, mesmo sabendo que não vai ser nada de especial.
Lembro-me de na escola ouvir a teoria que as coisas inacabadas ou incompletas criam um estado de tensão interior nas gentes. É isso.

E lembro-me de um teste que vi numa sessão do TED. Imagina que tens 1000 euros. Atiras uma moeda ao ar e se errares ficas com os mesmos 1000 euros, acertando com 2000 e não jogando ganhas 500 pela certa. A maioria joga pelo seguro, e mete os 500 euros ao bolso.
Outro cenário, desta vez tens 2000 euros, acertando ficas com os 2000 euros, errando com 1000, e não jogando perdes 500. Nesta situação mais gente arrisca para não perder os 500 euros.

Mas porquê? Objectivamente a situação é a mesma. Pela certa temos uma variação na bolsa de 500 euros, arriscando a variação pode ser zero ou mil.

O que se extrai daqui são duas tendências das pessoas: aversão a perder e dificuldade em pensar em termos absolutos.
Faz-nos toda a diferença se vamos ter mais ou menos, mesmo que a diferença seja a mesma.

Mais engraçado, macacos postos perante o mesmo tipo de escolha fazem o mesmo que nós. Ainda mais engraçado é que as decisões na alta finança seguem a mesma ‘lógica’. O que não é muito animador, saber que se pusermos macacos a gerir os bancos eles vão fazer as mesmas asneiras que os humanos.

Ah e sim, gosto muito deste video mesmo que a luz não se apague no fim e não acontece nada de especial.

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Acho graça ao desconto que se dá aos poetas

Um poeta diz que é um fingidor, que até finge que é dor a dor que deveras sente, e a malta: uau!
Já se for um gajo qualquer, quiçá um jogador, e alguém diz que aquele gajo está sempre a fingir, e é logo buuu!

Isto de escrever faz bem para desenferrujar a língua (como se escrevesse com a língua :). Digo isto porque fiquei preocupado por ter que pensar duas vezes para decidir se a conjugação de fingir era com g ou com j. Fiquei mais descansado quando vi que dá com um e com o outro. Digam lá se a gente não facilita a quem queira aprender português.

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Há poços sem fundo?

Quando visto do fundo, o fundo do poço é a entrada do poço. E topo tem tem que ter porque se não tem fundo nem topo não é poço. A menos que seja um poço só com meio. Já não me lembro do que ia dizer por isso vou ficar a meio. Do poço.

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Das Descobertas

Sempre me fez confusão como se pode dizer que se descobriu uma terra onde já vivem pessoas.
Hoje descobri que não sou o único, a wikipédia já concorda comigo.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Descoberta_do_Brasil
“O termo “descobrir” é utilizado nesse caso em uma perspectiva eurocêntrica, referindo-se estritamente à chegada de europeus, mais especificamente portugueses, às terras de “Vera Cruz”, o atual Brasil, que já eram habitadas por vários povos indígenas”

É claro que da primeira vez que fôr a Badajoz, posso dizer que fui eu que descobri Espanha! 🙂

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