Tenho um site e uma página de divulgação de poesia. Dá-me trabalho e despesa. Faço-o por gosto.
Quando o site era pequeno tinha um livro de visitas, como era comum na altura, onde recebia muitas mensagens de agradecimento. Sabia bem.
Agora cresceu e, ou por ter um ar institucional, ou porque há o sentimento que na internet só se tem direitos e que tudo é gratuito, as mensagens que recebo são bem diferentes.
– Uns reclamam porque entendem que um site de divulgação tem obrigação de fazer isto ou aquilo, como se eu fosse o Ministério da Cultura e eles contribuintes
– Outros reclamam por alguma anomalia do site, como se eu fosse o Meo e pagassem mensalidade. Mensagens tipo: “mandei um email ontem e ainda está na mesma!”
– Outros são mais engraçados, como o que recebi agora mesmo: “Quero um trabalho já feito sobre o bandarra e a estrutura do poema o bandarra.”
“Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas” (Mateus 7:6)
Se fosse eu a escrever a Bíblia, não punha lá isto porque não me parece muito bíblico.
Mas nos dias como hoje, apetece-me dizê-lo.