Porque é que os senhores deputados, obrigam a que os referendos tenham 50% de votantes para serem válidos.
Mas quando é para se elegerem a si próprios já basta um único voto.
Mais. Para criar um partido são precisas 7500 assinaturas e desde que os estatutos não sejam ilegais não está dependente de mais nada. Faz sentido. Para ser candidato a presidente da república, são também 7500 assinaturas.
Mas para pedir um referendo são precisas 75 mil assinaturas, dez vezes mais. E quem já tenha passado pelo processo de angariação de assinaturas, sabe que este número é virtualmente impossível.
E conseguidas essas assinaturas, isso só dá direito a ser apreciado na assembleia pelos tais senhores deputados. Depois são eles que decidem se há referendo ou não.
Se 8 milhões de portugueses estiverem de acordo com algo. O poder que têm para fazer com que isso aconteça é ZERO (em concreto, de forma e em local estabelecidamente legal 🙂
Vejam a pergunta que foi feita ontem no referendo britânico, e as que fizemos nos nossos três referendos.
Somos palavrosos, a expensas da claridade.
Desconfio que isto é uma forma dos burocratas exercerem poder. Se escreverem de uma forma que ninguém consegue, nem percebe, o poder burocrático torna-se mais difícil de atingir. Aqueles senhores estão lá porque só eles conseguem fazer aquilo e sem eles o mundo ruía. É como senhor doutor e o senhor engenheiro, resquícios de um sistema de castas.
1998
Concorda com a instituição em concreto das regiões administrativas?
Concorda com a instituição em concreto da região administrativa da sua área de recenseamento eleitoral?
1998
Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas 10 primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
2007
Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
Repararam, no esforço que foi feito em 2007 para melhorar a pergunta de 1998? 😀
Mas que porra é ‘instituição em concreto’? É para termos a certeza que não vão a fazer uma coisa abstracta?
E ‘estabelecimento de saúde legalmente autorizado’? Faz imensa falta. Para ficar completamente claro que a lei não vai dizer para se fazer abortos em locais ilegais.
E as frases intermináveis? Isso até nos jornais e revistas. Lembro-me de ter lido num jornal, uma frase com quase cinquenta linhas. Não foi isso que me levou a deixar de ler jornais, mas podia ter sido.
Desde 2011 que se percebeu que na Europa é cada país por si.
Sei que não vai acontecer, mas o melhor era acabar com a coisa já e rapidamente.
Par não termos que gramar uma Europa a despedaçar-se aos poucos, que podre já ela está.
É quem tem os pés na terra e nos diz espera quando a euforia diz para ir, e nos diz vai quando o desânimo pesa nas pernas.
Confesso que me irritou aqueles últimos minutos do jogo de Portugal. Mas o Fernando Santos fez-me mudar de opinião.
Tínhamos o objectivo do apuramento da mão, para quê correr o risco de ser eliminado?
Para evitar os tubarões? Se a Croácia eliminar a Espanha também é um tubarão, e para apanhar tubarões ou não é preciso estar lá. E ele está.
Referendos à quinta-feira, eleições à terça, que lindos modelos escolhemos. Melhor que isto só as kardacoiso.
Acho que é impossível inclinar mais o campo, só se tirarem a outra metade do campo tal como fizeram no Egipto. O tal que o nosso (vomito-me ao dizer isto) MNE acha normal e democrático.
E no dia em que se sabe que cada trabalhador português vai dar mais mil euros a um banco, foi giro ouvira Catarina Martins, dizer que não tem que dar aval nenhum nem tem que dar, e que espera que lhe digam o que se passa.
E chega-se à conclusão que o bloco de esquerda aqui há uns meses votou no PS tal como o Zé Manel da esquina e conta tanto como o Zé Manel.
O livro mais vendido na Feira de Lisboa foi o Mein Kampf com noventa páginas de prefácio de Manuel S. Fonseca. Logo a seguir, o mais vendido foi o último romance de José Rodrigues dos Santos.
A CGD tem um buraco.
Eu tenho mais.
Há palavras que fervem
o medo mata quase tanto como a morte
Google: Não foram encontrados resultados para “o medo mata quase tanto como a morte”. (não pode ser…)
O que vestes, quando te despes?
uma palavra que seja, e está a mais
tenho sempre num bolso um agrafador, e no outro um desagrafador
mas são bolsos onde cabem as duas mãos
ou mais