Martha Medeiros, a cronista
minha boca
é pouca
pro desejo
que anda à solta
minha boca
é pouca
pro desejo
que anda à solta
Uma minoria que confunde o mundo, com o mundo do umbigo onde vive. Há quem vá ler caixas de comentários e logo de seguida conclua, os portugueses são isto ou aquilo.
Quantas pessoas escrevem regularmente em redes sociais? É um número interessante de se saber, para não dizer importante.
Usar factos complica a lógica. Se forem 100000 isso quer dizer que os opinadores andam a falar de 1% das pessoas como se fossem a maioria.
O cabrão daquele puto estúpido cego, surdo e mudo
Um pequeno cantinho da parte do universo que conseguimos ver. Cada um deles com milhares de milhões de sois maiores que o sol.
Somos sopa.
O ‘social’ diz que o Trump é mau.
E leio por aí que o Borsonaro é pior que o Trump.
Numas eleições Trump Borsonaro, os “males menores” votariam Trump.
Se nestas eleições brasileiras houvesse um candidato pior que Borsonaro, o “ele não” seria “ele sim”
O mal menor é obviamente um mal.
Nessa teoria do mal menor, não vejo linhas traçadas. Daqui não passo.
Pode-se apoiar um assassino para que não ganhe um assassino com requintes de crueldade?
Eu tracei a minha linha. A linha entre o bem e o mal.
Se não fosse intencional, seria um mundo absurdo este.
Em que quem deseje um bem maior, é o culpado de todos os males governativos.
Mas quem vota à esquerda moderada nas sindicais, no centro moderado nas deputais e na direita moderada nas presidenciais, está inocente de tudo, mesmo que com isso sustente um sistema corrupto e injusto.
Em tempos estudei inglês no instituto americano. Para além de ter gostado muito, nunca mais me esqueci do elogio dum professor.
Que apanhava mais que as palavras e gramática, entendia a cultura.
Ultimamente tenho lidado muito com malta do Brasil, e tem sido difícil. As palavras que se usam no dia para descrever as coisas nunca são as mesmas que cá. É o banheiro, o café da manhã, a tela, etc etc.
O tratamento por tu, em São Paulo é “você”. No inicio até pensei que era ‘respeito’, mas não. É o que se usa, é o costume.
Ontem recebi um email a agradecer-me a presteza.
As palavras podem ser iguais mas a língua não é a mesma.
Por um lado tenho trabalhado muito. Mais do que devia ou gostaria.
Por outro lado, posso trabalhar nu e quando quero. Acho que compensa.