Comportamento humano
Gosto imenso de observar o comportamento humano. É engraçado.
E este Dan Ariely ajuda-me muito.
Outro exemplo. Entre um fim de semana em Paris ou Roma com todas as despesas pagas, parte escolhe Paris, parte escolhe Roma.
Agora se a escolha for um fim de semana em Paris ou Roma com todas as despesas pagas e um fim de semana em Roma com todas as despesas pagas excepto 5 euros que tem que se pagar pelo café.
A introdução duma opção desagradável, faz com com que a opção de Roma sem o pagamento dos 5 euros se torne mais apelativa, e a percentagem de pessoas que escolhe Roma sem pagar os 5 euros aumenta.
Ou seja não é difícil alterar as nossas escolhas manipulando a forma de apresentação das opções. E quem sabe disso tem uma tentação enorme de nos querer transformar em marionetas.
Para que as pessoas escolham a opção A, põe-se ao lado uma versão pior do A. De repente a versão original parece melhor do que era antes. Isto resulta muito bem em eleições, votar no A porque o B é pior 🙂
Isto levanta outra questão. Que é a dificuldade que temos de pensar em termos absolutos. A gente relativiza, é melhor, é pior, escolhemos com base no que podemos ganhar ou perder. Os assinantes do Economist escolhiam a terceira opção não por ser boa, mas por ser melhor que a segunda.
Essa é outra das nossas irracionalidades e da razão de fazermos más escolhas.
Por isso gosto dos sem terra, dos sem rumo e dos enamorados
é a única forma de sermos inevitavelmente absolutos