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Mesmo que o correcto seja gostar do metoo, tenho algumas reservas

Ontem ouvi na tv uma defensora do eutambém afirmar algo parecido com isto:
Dizer tens uns olhos bonitos, é simpático.
Dizer tens mamas bonitas, é crime.

Compreendo, mas gostava de não ter que compreender.
O sexo não tem que ser tabu, e muito menos crime. O sexo é para ser bonito. Tal como os olhos.

A questão do elogio ser ou não desejado, não parecia ser o critério.
A questão é falar-se de olhos ou mamas.
O sexo que está por todo o lado e que serve para vender de carros a sabonetes, não é para se falar.
Respeito todas as posições. Quem ache que não se deve falar sexo.
Ou que se pode falar, desde que não envolva o próprio sexo, seja só o dos outros.
Eu como sempre hesito. A liberdade é essencial, e dos tabus e do que fica por dizer vem muita porcaria.
Por outro lado também quero o encanto do mistério 🙂

“Inclinei-me para me despedir com os tradicionais dois beijinhos na face e ele começou a tentar beijar-me na boca, com a descontração de quem já fez aquilo dezenas de vezes. Desviei-me e saí do carro. Chorei até casa, de humilhação e impotência. Chorei de nojo.”

Se ele a tentou beijar, e perante a esquiva ele insistou, é uma coisa (má).
Se um rapaz para não correr o risco de ir preso, tenha que perguntar “dás-me autorização que te beije?”
vai dar cabo do romance de todos os belos beijos cinematográficos

Conclusão:
Atitudes indesejadas verbais ou fisicas, estão erradas. Sejam sexuais ou não.
Quando ainda não se tornou claro o que é desejado ou indesejado, haja bom senso.
Que não se caia no fundamentalismo que já ouço, que seja necessário pedir permissão verbal explicita de tudo o que faz. É que logo a seguir vem a obrigatoriedade de ter um documento assinado para poder provar em tribunal que não foi assédio sexual.

Rapariga tem vontade de beijar rapaz.
Tira da mala impresso e caneta. Olha, quero beijar-te.
Assinas aqui, por favor, a autorização?

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