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crónicas de garagem

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para ouvir no silêncio
quando as luzes se apagam

Povo que lavas no rio
E que talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão

Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não

Fui ter à mesa redonda
Beber em malga que esconda
O beijo de mão em mão

Era o vinho que me deste
Água pura, fruto agreste
Mas a tua vida não

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