web analytics

11 comments

  1. Lembro-me de ouvir na rádio, uma entrevista da Mafalda Veiga, em que ela dizia que quando compunha uma coisa tinha um truque (que não me lembro de qual era) para ter a certeza que era original

    Assim estou. Tenho quase a certeza que esta combinação de letras já foram escritas.

    E se me vieram à cabeça, foi por recordação e não por criação. Mas não tenho a certeza. Sei lá.

    1. Há um livro da Clarice Lispector que tem por titulo: “Para não esquecer”…Talvez tenha sido isto que reteve a sua memória?

  2. Podias ter escrito que se pode morrer da falta de um beijo. Esta é que eu não sei se já foi escrita.

    1. Gostei do comentário de Uma Rapariga Simples, porque ao ler essa frase sobre “não esquecer que um beijo pode matar” me saltou o pensamento sobre o “romântico-barroco-imagético” dessa mesma frase… A mim, muito mais gozoso/ “jouissant” (refer. H. Cixous) e convidativo, afigura-se-me o ter a consciência de que UM BEIJO pode ser o momento decisivo que causa em alguém o DESEJO de viver ou de querer entender alguma coisa da VIDA afim de viver em plenitude…

      1. diz-se que cada coisa tem em si o seu contrário, e sim esta morte está cheia de vida

  3. Eu que não sou de Odivelas, vou-te contar um truque. Sempre fui um gajo sucinto, se pode dizer com duas palavras, porque se há usar vinte.

    Mais tarde, descobri que isso tem uma vantagem. É que sendo curto, deixa-se mais margem para interpretações, a leituras diferentes.

    Por causa de um beijo. E quantos beijos há?

    O beijo que se deu. o beijo que se lembra. O beijo que se deseja. O beijo que não se devia. O beijo negado. O beijo roubado. O beijo imaginado. O beijo molhado.

    o beijo que acorda, o beijo que adormece, o beijo que enlouquece.

    O beijo mata. Mas mata de quê? De raiva, de amor, de luxuria, de desespero, de sofrimento?

    O beijo é tudo isto e mata de todas as formas.

  4. (falta o botão editar nesta treta, ou o botão reler antes de publicar em mim :D)

  5. Diziam os russos, nos anos 70, creio, não me lembro, mas sei que ainda não era nascida, que o que se escreve dilui-se no que o leitor lê. Se não me engano, chama-se a Estética da Receção (algum leitor mais douto que me corrija), e defende que o horizonte de expectativas do leitor é tão ou mais importante do que a intenção do autor.

    Ou seja, até podias ter escrito um ensaio sobe o beijo, haveria sempre mais leituras possíveis, mais do mesmo ou o muito aquém. É o risco que se corre.

    Pessoalmente, sou mais de defender que a ausência de um beijo mata mais, tanto ou mais do que os que se dão com desprezo (o pior destes é que custam mais a esquecer). Os bons, os da saudade, os que nos deixaram extáticos, a querer mais e tudo o que está ligado a sentimentos positivos (não fosse o sofrimento por desejo/amor/whatever uma coisa boa) tendem a misturar-se todos e a serem só um beijo.

  6. Os beijos da Poison Ivy matavam. Os beijos não correspondidos tambem.

  7. Era uma personagem do batman. A atriz era a Uma Thurman. A personagem atraia os homens com a sua beleza, mas tinha veneno na boca e matava todos os que a beijavam.

Comentário (nome, etc, é opcional)