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Vai lá uma pessoa fazer a raiz quadrada disto tudo

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claro que não vai
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino

Simplificando ao melhor disto, a queixa das almas jovens censuradas

Dão-nos um lírio e um canivete
e dão-nos mais coisas de ouvir e ver e não de ler,

ah, zé mário, dá cá um beijo

2 comments

  1. hoje ia escrever uma coisa sobre quem falou de acreditar-se na metafísica, e eu ia dizer que não, como o outro, só acredito na copa das árvores. depois não soube como dizê-lo, porque no fundo, no fundo, acredito em alguma coisa que une as almas, e não são almas, é só uma merda qualquer cerebral a que chamamos alma, espírito, mente(?), sei lá eu. mas a música. mas a poesia. mas as palavras. algumas. “a nossa dimensão não é a vida nem a morte”. olha, obrigada por este momento. já li por cá que também a ti fascina o FMI (salvo seja!). o FMI de JMB foi assim uma coisa que me deixou em eterna comoção.

    1. Fiquei um bocado sem palavras. Gosto no Zé Mário, não é bem a emoção,nem é o não se pôr com merdas. Não sei, talvez a tal coisa de que falas.
      O que ele diz e como diz o FMI não pode ser inventado. No meio de tanta porcaria e floreados, apanhar estas coisas salva-me. Logo a seguir tocou o caçador de mim, senti-me tão feliz 🙂

      Sorri quando li o ‘obrigado por este momento’, o obrigado é devido ao zé mário, claro. A malta fala em partilhar porque se pensa que publicando uma música se vai partilhar o que se estava a sentir quando se ouviu. E isso nunca acontece, mas quando acontece é giro 🙂

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