Estive a dar uma vista de olhos nas notícias. A casa pia, o mancini, a domótica, uma história da Petrobrás e mais isto e aquilo.

Mas que interessa tudo isso, se houver sol?

À minha beira um gajo levanta-se, e do do alto da gola alta, aponta prá vitrine e diz: É uma garoupa.

Estive para me levantar e dizer: não é uma garoupa, é uma cadeira.

Mas prontos, como sou tímido ninguém naquele restaurante sabe de mim e da cadeira.

Amanhã sento-me numa garoupa.

Sonho ser água na água.

Porque é temos uns dedos maiores que os outros? Se fosse acaso, teríamos também braços de comprimento ao calhas.

A pergunta: Deixei de beber cerveja quando comecei a beber vinho pela garrafa.

Assumo o ridículo

num restaurante cheio de vozes
a tocar com a ponta do dedo num rectângulo de plástico ou lá o que é esta merda onde aumento a minha solidão

gosto de pá, de porreiro, de caraças e de caramba